Mesmo com o feriado de Ação de Graças nos EUA, o mercado de criptomoedas ainda registrou grandes flutuações de preço. O Bitcoin (BTC), por exemplo, abriu em alta de 1,1% nesta sexta-feira (24) – nada de oferta de Black Friday. Em vez disso, a criptomoeda agora vale US$ 37.700, ou cerca de R$ 185 mil na cotação atual.
Assim como ocorreu na quinta-feira (23), o Bitcoin em alta fez todas as criptomoedas do Top 10 abrirem no positivo. Desta vez os maiores destaques ficaram com a Dogecoin (DOGE), que valorizou 2,5%, e o Ethereum (ETH), que registra alta de 2,6%. No caso do ETH, a valorização fez o preço da criptomoeda abrir o dia acima de US$ 2.100.
Quem também valorizou mais de 2% foi a Cardano (ADA), que teve alta de 2,5%. A XRP subiu 1,1% e até mesmo a BNB se estabilizou após os acontecimentos com a Binance, abrindo o dia com ganhos de 0,8%.
Já no Top 100, o principal destaque ficou com o token BLUR, que disparou quase 30% depois que a Binance abriu negociações do token em sua plataforma. Em seguida veio o novato PYTH, que registrou o segundo dia consecutivo com alta superior a 20%, e o FET, que se valorizou 12,6%.
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Os ganhos na maioria das principais criptomoedas também aumentaram o valor de mercado geral, que subiu 0,9% e chegou a US$ 1,49 trilhão (R$ 7,35 trilhões). No entanto, o volume de negociação despencou 20% e movimentou US$ 42 bilhões. Enquanto isso, o índice de medo e ganância do mercado ficou em 72, indicando um sentimento predominante de ganância entre os investidores.
Resistência mais difícil para Bitcoin
Com a recente alta, o Bitcoin acumula 4% de valorização nos últimos sete dias e caminha para registrar a sexta alta semanal consecutiva. Já consolidado nos US$ 37.000 – pelo menos no curto prazo – o preço da criptomoeda agora tenta quebrar a resistência dos US$ 38.000, considerada a mais difícil pelos traders.
De acordo com Fernando Pereira, da Bitget, o motivo da dificuldade é que existe uma grande pressão vendedora nesse nível de preço, o que dificulta o caminho dos compradores. Para conseguirem romper esse nível, os compradores precisarão trazer ao mercado um volume que, ao menos por enquanto, ainda não existe.
“O Bitcoin segue sendo distribuído próximo de US$ 38.000 e dificilmente deve subir muito mais que isso antes de recuar. A oferta ali presente é muito alta para ser absorvida sem o mercado pegar impulso”, disse.
Liquidações desabam 33%
Ao contrário dos dias anteriores, os traders não fizeram um volume relevante de apostas na movimentação do mercado. Por isso, o volume de liquidações chegou a apenas US$ 69 milhões nas últimas 24 horas. De acordo com o site Coinglass, houve uma queda de 33% nessa estatística, indicando cautela por parte dos investidores.
Do volume total, US$ 44 milhões liquidaram justamente os traders que apostaram na queda do mercado – que seguiu a direção oposta. O BTC registrou mais de US$ 17 milhões e liderou as perdas, seguido pelo ETH com US$ 12 milhões.
No total, mais de 32.600 traders foram liquidados nas últimas 24 horas, e a maior posição atingiu um trader que operou na Binance e tomou uma liquidação de US$ 2,68 milhões.