Os mercados continuam em baixa, com o suporte do Bitcoin (BTC) em US$ 18.000 e as principais ações de Wall Street em suas mínimas anuais. Esse panorama ocorre à medida que crescem as projeções de uma recessão nos Estados Unidos em 2023, que poderia se espalhar globalmente.
O investidor bilionário Stanley Druckenmiller é um dos que apontam que 2023 será inda pior que 2022. Conforme destacou ele, a crise no cenário econômico ainda nem começou e vai piorar ao longo do próximo ano.
“Eu ficaria surpreso se não tivéssemos uma recessão em 2023. Portanto, se você acha que o preço do Bitcoin está ruim agora, espere para ver o próximo ano”, afirmou.
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FED, Bitcoin e recessão
Além disso, o especialista também afirmou que não descarta que a recessão seja uma causa da política de aumento de juros do Fed. Segundo ele, as baixas taxas de juros estabelecidas pelo Fed durante a maior parte da última década criaram uma bolha de ativos.
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“Ou seja, eles aumentaram sua demanda aumentando seus preços. Todos estes fatores que causam um mercado altista não estão apenas parando, eles estão revertendo. Estamos com sérios problemas”, alertou.
Ativos de risco, como as criptomoedas, estão caindo de preço este ano com as ações do Fed que promove um aumento agressivo das taxas de juros. Com uma recessão no próximo ano, o cenário para o BTC pode ser ainda pior do que em 2022.
Druckenmiller também acusou o Fed de cometer um “grande erro” ao rotular a inflação como “transitória” em 2021.
“Estas políticas mal-feitas deixarão consequências por muito tempo”, afirmou. “Quando você erra, você tem que admitir que está errado e seguir em frente com aqueles nove ou dez meses, em que eles sentaram e compraram US$ 120 bilhões em títulos”, disse ele, questionando as ações do Fed.
No entanto, há um debate na comunidade sobre como isso afetará o Bitcoin. Alguns analistas, por exemplo, argumentam que se o Bitcoin conseguir se consolidar como uma reserva de valor, ele pode ter um grande impulso com a recessão.