Nos últimos meses, a atenção em torno do Bitcoin aumentou exponencialmente assim como o preço da principal criptomoeda do mercado que chegou a ser cotada perto de US$ 42 mil.
Além dos investidores do varejo, grandes instituições financeiras como PayPal, MicroStrategy e Grayscale também começaram a adotar o Bitcoin.
No entanto, é inegável que o Bitcoin é um ativo altamente volátil e não é incomum que os preços flutuem mais de 20% em poucas horas.
Nesse sentido, para tentar prever o preço do Bitcoin, existem muitos indicadores técnicos e tendências de mercado que podem ser analisadas.
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Modelo estoque e fluxo
Uma dessas métricas é a relação estoque/fluxo, comumente usada para estimar o preço do Bitcoin.
Resumidamente, a relação estoque/fluxo é uma forma de medir o aumento da quantidade de algo ao longo do tempo. Além disso, a métrica ajuda a comparar esse crescimento com a quantidade atual.
No caso do Bitcoin, que tem uma taxa de fornecimento fixa que é reduzida à metade a cada quatro anos, o modelo de relação estoque/fluxo tenta prever seu preço do Bitcoin com base nessa escassez.
O gráfico abaixo mostra a mudança no preço do Bitcoin ao longo do tempo. A linha de estoque/fluxo usa uma média móvel de 365 dias para suavizar as mudanças causadas pela redução dos novos Bitcoins no mercado a cada 4 anos (halving),
Google Trends
Outro indicador importante é o Google Trends. A ferramenta mostra a quantidade de vezes que o termo “Bitcoin” é pesquisado no Google. Portanto, a métrica revela o aumento ou queda do interesse pela criptomoeda.
Não é possível obter muitas informações sobre o preço do Bitcoin apenas neste gráfico. Mas ele é importante para acompanhar as tendências.
Quando se comparada o gráfico do Google Trends com o gráfico do preço do Bitcoin a similaridade entre ambos revela um importante dado sobre o mercado.
No gráfico abaixo, o preço do Bitcoin está em azul, e o interesse relativo do Google Trends em laranja.
Índice de Força Relativa (RSI)
O Índice de Força Relativa (RSI, na sigla em inglês) é outro indicador importante.
Ele se baseia em um “momentum” projetado para medir a magnitude das mudanças recentes de preços. O objetivo é determinar se um ativo está sobrecomprado ou sobrevendido.
O intervalo de valores típico é entre 30 e 70. Um valor abaixo de 30 indica que o ativo está sobrevendido ou subvalorizado. Já um valor acima de 70 indica que o ativo está sobrecomprado ou sobrevalorizado.
Historicamente, quando o RSI do Bitcoin atinge um pico acima de 70, faz com que o preço caia drasticamente.
Índice do dólar
O quarto indicador é o índice do dólar (DXY) que representa a força relativa do dólar em uma escala global.
O DXY compara o valor do dólar americano com euro, iene japonês, libra esterlina, dólar canadense, coroa sueca e franco suíço.
A escassez do Bitcoin é um das coisas que mais diferencia a criptomoeda das moedas fiduciárias. Enquanto o BTC tem um estoque finito, as moedas tradicionais podem ser impressas de forma quase ilimitada.
Exemplo disso é que, desde setembro de 2019, o Federal Reserve dos EUA já imprimiu cerca de 9 trilhões de dólares. E cerca de 20% dos atuais dólares em circulação foram impressos apenas em 2020.
Paralelamente a isso, o Bitcoin cresceu significativamente e e está agora em um forte mercado altista. Para especialistas, isso indica que os investidores, preocupados com uma possível inflação, buscaram no BTC uma forma de reserva de valor.
Na figura abaixo, o preço do BTC é representado pela cor azul. Já o laranja é a mudança relativa no valor de DXY.
Portanto, podemos ver que nos dois máximos históricos do BTC, no final de 2017 e início de 2021. Conforme o valor do DXY cai, o preço do BTC sobe.
Número de tweets
O Twitter tem cerca de 330 milhões de usuários e cerca de 500 milhões de tuítes são enviados todos os dias.
Assim como com Google Trends, não se pode obter muitas informações de preços diretamente deste indicador.
No entanto, esta é outra ferramenta para uma comparação interessante. A figura abaixo mostra uma comparação entre o número de tuítes diários (laranja) e o preço do Bitcoin (azul) nos últimos cinco anos.
É possível ver uma tendência semelhante. Ou seja, a atividade do Twitter aumentou junto com as grandes flutuações no preço do Bitcoin.
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