O último trimestre de 2025 começou com ventos favoráveis para o Bitcoin, e os olhos do mercado estão voltados para uma possibilidade que, até pouco tempo atrás, parecia distante: preços na casa dos US$ 160.000 a US$ 200.000.
É o que aponta uma análise recente da CryptoQuant, empresa especializada em analytics on-chain, que identifica condições sólidas para uma forte alta no preço do ativo até o final do ano.
De acordo com a firma, a demanda pelo Bitcoin no mercado à vista vem mostrando um crescimento consistente desde julho. Houve um aumento mensal aparente superior a 62.000 BTC. Este padrão de demanda sustentada é um sinal técnico crucial. Cenários semelhantes precederam os fortes ralis observados nos quartos trimestres de 2020, 2021 e, mais recentemente, em 2024.
Demanda institucional e das baleias fortalece o cenário
Dois pilares importantes estão sustentando essa perspectiva otimista. Primeiro, a demanda dos grandes investidores, conhecidos como “baleias“. Além disso, a captação líquida positiva dos ETFs de Bitcoin listados nos Estados Unidos.
Os dados da CryptoQuant revelam que as holdings das baleias estão se expandindo a uma taxa anual de 331.000 BTC. Um ritmo significativamente mais acelerado do que o observado no quarto trimestre de 2024 (255.000 BTC) e no mesmo período de 2020 (238.000 BTC).
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Paralelamente, os ETFs americanos, que compraram impressionantes 213.000 BTC no último trimestre de 2024, podem replicar um crescimento similar neste ano, conforme afirmou Julio Moreno, chefe de pesquisa da CryptoQuant.
Limiar crítico superado
Do ponto de vista de preço, a análise destaca que o Bitcoin precisava superar uma barreira técnica fundamental: o “preço realizado on-chain do trader”, que estava situado em US$ 116.000. Esse nível é visto como a divisória entre as fases de baixa e alta do ciclo. Com o BTC negociando consistentemente acima desse patamar – acima de US$ 117 mil –, o caminho para uma valorização mais acentuada estaria aberto.
Outro indicador que reforça o otimismo é o “índice de pontuação de alta do Bitcoin” da CryptoQuant, que ficou na faixa de 40–50 no final do terceiro trimestre. Esses são os mesmos níveis registrados no fim de setembro de 2024, pouco antes de o Bitcoin disparar de US$ 70.000 para US$ 100.000.
O índice é sustentado não apenas pela crescente demanda, mas também pela expansão da liquidez em stablecoins e por ganhos não realizados menores dos traders, o que indica uma pressão de venda reduzida.