O Bitcoin alcançou um novo recorde nesta quarta-feira (09), ultrapassando a marca de US$ 112.000 em plataformas como Coinbase. O aumento de 5,95% na última semana consolidou a criptomoeda como um dos ativos de maior desempenho em 2025, impulsionado pela demanda global e por fatores macroeconômicos.
O movimento de alta resultou na liquidação de US$ 200 milhões em posições vendidas (shorts) de traders que apostavam contra a valorização do BTC. Analistas da Bitfinex destacaram que essa alta foi construída sobre uma “base mais saudável”, com acumulação consistente em cadeia (on-chain). Além disso, houve um fluxo de ordens de compra fora das exchanges, reduzindo a dependência de alavancagem especulativa.
A capitalização total do mercado cripto recuperou US$ 3,47 trilhões, aproximando-se do recorde de US$ 3,73 trilhões registrado em dezembro de 2024. O Bitcoin, responsável por parte significativa desse crescimento, também se beneficiou de seu status crescente como “ativo de refúgio seguro”. Segundo Katalin Tischhauser, do Sygnum Bank, o BTC tem se desvinculado de correções do S&P 500, especialmente após a adoção de políticas pró-Bitcoin nos EUA, como as reservas de BTC que estão sendo aprovadas por alguns estados.
Fatores externos e adoção institucional do Bitcoin
O anúncio de novas tarifas comerciais pelo presidente Trump contra países como Malásia e Japão, em vigor a partir de agosto, pode ter contribuído para a busca por ativos digitais, entre eles, o Bitcoin.
Além disso, analistas apontam que a queda nas reservas de BTC nas exchanges — que passou de 3,11 milhões para 2,99 milhões de BTC entre março e maio — sinaliza confiança de longo prazo dos investidores. Afinal, este é um indicativo de que a escassez de Bitcoin pode estar se aproximando de um momento crítico.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
Vale lembrar que, dos 21 milhões de BTC possíveis, restam apenas 1,05 milhão a serem minerados, de acordo com dados do CoinGecko. Dessa forma, os outros 20 milhões já estão em circulação, disponíveis para negociação. Portanto, com o crescente interesse de instituições — incluindo gestoras de fundos e governos —, a demanda pelo Bitcoin está pressionando cada vez mais o preço do ativo.
Após atingir a marca dos US$ 112 mil, o Bitcoin sofre uma leve queda e agora está sendo negociado na faixa dos US$ 111 mil. Para os analistas, a continuidade da alta depende da manutenção do domínio dos compradores à vista (spot), assim como da consolidação institucional, como a regulamentação de stablecoins pelo GENIUS Act.