O Bitcoin (BTC) registrou um aumento de 16% desde que testou mínimos abaixo de US$ 54.000 no início deste mês. No entanto, de acordo com analistas da exchange de criptomoedas Bitfinex, ainda não há confirmação de uma recuperação definitiva.
Em nota divulgada ao CoinDesk nesta terça-feira (24), os analistas destacaram que, para confirmar o fim de uma tendência de baixa prolongada, a criptomoeda precisa superar a alta de agosto, que foi de US$ 65.200. Essa tendência de baixa possui topos e fundos cada vez mais baixos desde março deste ano.
“Atualmente, o BTC está próximo do topo de US$ 65.200, atingido em 25 de agosto. A importância desse nível está no fato de que, desde o recorde histórico de US$ 73.666, alcançado em 14 de março, o Bitcoin ainda não conseguiu ultrapassar uma única alta antes de formar um novo fundo local. Isso configura a definição técnica de uma tendência de baixa”, explicaram os analistas da Bitfinex.
Análise de preço do Bitcoin
De acordo com os analistas, o rompimento convincente da alta de agosto confirmaria o fim da tendência de baixa intermediária. Além disso, indicaria a retomada de uma tendência de alta mais ampla, que começou em outubro de 2023, quando o preço estava abaixo de US$ 30.000.
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Fatores como o recente corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve, o anúncio de um grande estímulo pela China e o retorno do apetite por risco nos mercados financeiros globais favorecem uma possível alta acima dos US$ 65.200.
No entanto, há razões para cautela. De acordo com dados da Coinalyze, o indicador delta de volume cumulativo mostra um achatamento desde que os preços superaram a marca de US$ 63.500 durante o final de semana. Esse indicador mede a diferença entre os volumes de compra e venda nas exchanges centralizadas ao longo do tempo. Dessa forma, o achatamento sugere uma desaceleração nas compras no mercado à vista.
“É possível que o preço forme uma nova faixa próxima aos valores atuais e consolide por um período, como já vimos em ralis anteriores que foram inicialmente impulsionados por compras à vista, seguidas por atividades nos mercados de contratos perpétuos e futuros. Outra razão para cautela é a desaceleração das compras no mercado à vista, como se pode observar no achatamento do indicador de volume cumulativo após o preço ultrapassar US$ 63.500”, apontaram os analistas.
A expectativa agora é se o Bitcoin conseguirá ultrapassar a resistência de US$ 65.200, o que seria fundamental para a continuidade da alta. No momento da redação desta matéria, o BTC está custando US$ 63.514. Nas últimas 24 horas, o preço da criptomoeda registrou uma alta diária de 0,2%, de acordo com dados do CoinGecko.