Bitcoin pode valorizar como o ouro após 1970, diz diretor da Fidelity

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O Bitcoin (BTC) pode seguir o caminho trilhado pelo ouro. Há quase 50 anos, o ouro deixou de ser a moeda global e deu lugar ao padrão de moedas fiduciárias adotado hoje. Desde então, o preço do metal não parou de subir, saindo de US$ 35 a onça-troy em 1971 para os atuais US$ 1.797.

Esse padrão de forte alta está refletido no BTC, conforme análise de Jurien Timmer, diretor global da Fidelity. De fato, o gráfico abaixo traz uma correlação quase perfeita entre ambos.

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Além desta correlação, outra semelhança está na volatilidade, que costuma ser apontada como um defeito do BTC. Contudo, Timmer ressalta que a oscilação é comum em todo momento de descoberta dos preços. E o BTC está passando por esse estágio, assim como o ouro passou.

Fim do padrão-ouro abriu volatilidade

Em primeiro lugar, cabe uma revisão, de forma resumida da história do padrão-ouro. Até 1971, o preço das moedas fiduciárias era fixo e atrelado ao metal. Nesse sentido, o dólar, por exemplo, tinha um valor fixo de US$ 35 por onça de ouro.

Contudo, em 15 de agosto de 1971, o então presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, decretou o fim desse arranjo. A partir de então, o dólar perdeu o lastro no ouro e não poderia ser convertido. Na sequência, todas as demais moedas fiduciárias seguiram o mesmo caminho.

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Depois que isso aconteceu, o ouro parou de ter um preço fixo e seu valor começou a flutuar no mercado. Essa volatilidade também fez o ouro registrar fortes períodos de queda. No longo prazo, contudo, o metal registrou uma forte alta de 5.600% em quase 50 anos.

“Após o fim do acordo de Bretton Woods nos anos 70, o ouro foi extremamente volátil mesmo sendo uma commodity conhecida. No seu caminho seguinte, apresentou um retorno de 20x, e sofreu grandes quedas regularmente”, explicou Timmer.

Valorizações do BTC preparam rota para estabilização

Ou seja, o ouro passou pelo mesmo processo que, hoje, é visto no mercado de BTC. A temida volatilidade nada mais é do que um processo de descoberta de preço.

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Afinal, ao contrário do ouro, o BTC é um ativo muito recente, com apenas 12 anos de história. Em termos econômicos, este é um prazo muito curto para que um ativo encontre seu “preço ideal.”

Tal processo é, paradoxalmente, um caminho para que o BTC um dia seja estável. Assim, quando chegar no estágio do ouro, a volatilidade da criptomoeda será muito menor, quase uma chatice comparada com os tempos atuais

“As analogias de preços são altamente subjetivas, mas claramente, a descoberta de preço de ouro era altamente volátil, muito parecido com o Bitcoin hoje. Por esta medida, a atual queda de 50% no preço Bitcoin pode ser vista como uma colisão na estrada”, afirmou Timmer.

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Em outras palavras, o BTC e o ouro não necessariamente seguirão a mesma linha gráfica de preço. Ambos, porém, encontram-se no estágio de formação e, portanto, a volatilidade faz parte do processo.

Por fim, Timmer destacou que, de acordo com seus modelos, a tendência de alta do BTC ainda está longe de terminar. Para isso, o analista comparou seus modelos de tempo e preço com o modelo stack-to-flow, elaborado por Plan B. Assim como na comparação com o ouro, ambos os valores se encaixam.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.