O Bitcoin corre perigo se não houver garantia de mais privacidade aos seus usuários.
Pelo menos esta é a opinião de Andreas Antonopoulos, evangelista do Bitcoin e uma das figuras mais reconhecidas no mundo das criptomoedas.
Assim, para o autor de Mastering Bitcoin, a criptomoeda pode morrer caso a privacidade de suas transações não seja preservada.
“[O Bitcoin] não sobreviverá a um ataque planejado em nível estadual que tenta punir as pessoas por usá-la, a menos que consiga transformá-la em uma ferramenta com maiores garantias de privacidade”, disse.
Ataques podem se tornar comuns
Antonopoulos considerou que, embora atualmente haja poucas tentativas de ataque a usuários de BTC no mundo, haverá um momento em que isso será comum.
Por outro lado, o programador garantiu que os governos não podem impedir as pessoas de usar Bitcoin ou confiscar seus fundos:
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“Porém eles podem confiscar sua família e jogá-los em uma masmorra. Se usar o sistema tem consequências reais para sua segurança física, então temos um problema.”
Nesse sentido, ele vê o anonimato como a única maneira de criar sistemas robustos que permitem às pessoas fazerem valer seus direitos e liberdade sem serem punidas por um sistema autoritário.
Dessa forma, para ele, é necessário transformar o criptoativo em uma ferramenta pronta para se proteger de ataques.
“Ainda não é sistematicamente perigoso. Mas ele será atacado”, destacou Antonopoulos.
Por fim, o pesquisador avaliou que mesmo que o BTC falhe, isso não significará “o fim”.
Isso porque a necessidade pode fazer com que a privacidade dos usuários seja garantida de alguma forma. E se o Bitcoin não funcionar, “talvez outro sistema o faça”.
Privacidade do Bitcoin
Embora a visão de Antonopoulos pareça estar projetada para alguns anos à frente, a verdade é que os governos já estão de olho na privacidade do Bitcoin, de outras criptomoedas e da internet em geral.
Recentemente, o Serviço Europeu de Polícia referiu-se às criptomoedas como uma ameaça às suas ações de combate a atividades ilícitas.
Nos Estados Unidos, o Internal Revenue Service (IRS) também tem como alvo a privacidade em criptomoedas.
Para isso, conta com o trabalho de empresas como Chainalysis, Elliptic ou Ciphertrace. Essas companhias atuam para rastrear movimentos com criptomoedas, inclusive as focadas em privacidade.
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