O levante dos “coletes amarelos” que começou na França no dia 17 de novembro como forma de protesto aos aumentos propostos pelo presidente Emmanuel Macron nos preços das necessidades básicas, como combustível (gasolina R$0,28 por litro/ diesel R$0,12 por litro) e transporte, também contou com a participação da comunidade do Bitcoin. Nesta semana, surgiram imagens de manisfestantes vestindo os coletes, símbolo do movimento, com o escrito “Compre Bitcoin”.
Além da imagem que circulou na imprensa e nas redes sociais, o cofundador da BTCChina Bobby Lee ecoou o fato de que as políticas econômicas sustentadas pela impressão desenfreada de moedas fiduciárias é o grande responsável pela necessidade constante do aumento de impostos à medida em que o valor das moedas nacionais sempre está recaindo em medidas, como as de Macron, que impele os governos a aumentarem os impostos. Implicitamente, Lee promove o Bitcoin como alternativa às moedas controladas pelo governo.
A pressão nas ruas abalou Macron, que voltou atrás em relação às medidas e anunciou temporariamente a suspensão de parte dos aumentos, no entanto, o recuo não obteve o resultado esperado e os protestos se intensificaram em todo o país agrupando (tal qual o movimento dos caminhoneiros no Brasil) novas pautas que pedem até mesmo a renúncia do presidente. De acordo com uma pesquisa, cerca de 70% dos franceses simpatizam com o protesto.
Para Allen Scott, jornalista do portal Bitcoinst:
“Quanto mais as pessoas percebem que o sistema financeiro atual é um jogo fraudulento que beneficia os impressores de dinheiro em detrimento dos cidadãos, mais provável é o cenário de hiperbitcoinização“, argumenta.