Faltando menos de 48 horas para o final de agosto e, mais uma vez, o preço do Bitcoin (BTC) não tomou nenhuma decisão final a respeito de sua tendência. Com isso, a criptomoeda segue cotada no patamar de US$ 59.000, de acordo com o CoinGecko.
Já no desempenho mensal, dados do Coinglass apontam que o BTC registra uma queda de 7,62% em agosto. Até o fechamento desta matéria, a criptomoeda abre uma sequência de três anos de quedas neste mês, iniciada em 2021. Por outro lado, as liquidações de BTC atingiram US$ 48 milhões nesta sexta-feira (30), a maioria vinda de posições compradas (long).
Junto com o BTC, as demais criptomoedas do Top 10 também registraram mais perdas. O maior prejuízo ficou com a Solana (SOL), cujo preço caiu 4,4%, enquanto o Ethereum (ETH) teve perdas de 1,6%. A segunda maior criptomoeda do mercado registra forte perda de 21,3% em agosto e também emenda uma sequência de quedas no mês que vem desde 2021.
Uma das exceções foi a Tron (TRX), que teve leve alta de 0,7%, mas foi o suficiente para retirar a TON do Top 10 novamente. A criptomoeda do Telegram, por sua vez, teve queda de 3,6% e caiu para a 11ª posição.
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Bitcoin terá setembro desafiador
Se o preço do BTC tem um histórico negativo em agosto, o mês de setembro promete ser ainda mais desafiador. Desde 2017, o BTC teve apenas um desempenho positivo em setembro, que ocorreu em 2023. Já neste mês de agosto, a criptomoeda teve uma queda inesperada, deixando o topo de US$ 64.400 e chegando a cair para US$ 58.000.
No entanto, essa reversão temporária da tendência indicou um problema central, que é a queda dos retornos mensais históricos no Bitcoin quase todo mês de setembro desde 2013. Nos últimos 10 anos, a criptomoeda fechou o nono mês em queda em sete oportunidades, incluindo duas quedas acima de 10%.
De acordo com os gráficos históricos da Coinglass, exceto em 2023, os últimos seis anos enfrentaram uma queda consecutiva nos retornos mensais. Ou seja, o BTC teve perdas cada vez maiores ao longo dos anos.
Além disso, os retornos tiveram uma queda mínima de 1,7% para uma queda de 19% somente em setembro. Por isso, muitos investidores estão cautelosos e não esperam retornos expressivos no mês que vem.
Só que em 2024, o mês de setembro tem alguns fatores que podem catalisar altas no BTC. O primeiro – e, por muitos, mais aguardado – é o corte nas taxas de juros dos Estados Unidos, que deve ocorrer na reunião do Fed em 18 de setembro. Se isso acontecer, o BTC pode ter um novo impulso de alta e quebrar o fraco histórico do mês.
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