Em mais um dia de estabilidade, o Bitcoin (BTC) registrou leve queda de 0,2% e se manteve nos US$ 108 mil nesta quinta-feira (29). De acordo com o CoinGecko, a mínima do dia chegou a US$ 108.489, preço no qual o BTC se mantém até o fechamento desta matéria.
Assim como ocorreu ao longo desta semana, o mercado de criptomoedas segue em clima de otimismo, sustentado por fundamentos macroeconômicos positivos e crescente demanda institucional por ETFs. No entanto, o preço do Bitcoin continua estável e sem conseguir romper a resistência de US$ 110 mil.
No caso específico do Bitcoin, o momento atual é de consolidação, conforme explica Guilherme Prado, country manager da Bitget. Apesar do sentimento construtivo, indicadores técnicos como o RSI e o volume de transações sugerem uma pausa no impulso comprador.
“O BTC enfrenta resistência importante na região dos US$ 110.600, enquanto a perda do suporte entre US$ 107.800 e US$ 106.505 pode abrir espaço para uma correção mais profunda. Em resumo, o curto prazo aponta para um viés neutro-baixista, mas a manutenção acima dos suportes e um rompimento consistente da resistência podem reacender o interesse comprador e levar o ativo a buscar novas máximas históricas acima dos US$ 112.000”, disse Prado.
Já o Ethereum (ETH) continuou valorizando e subiu 3,8%, mais uma vez liderando os ganhos do Top 10. Os baixos volumes de negociação reforçam o momento de consolidação de preços dos ativos. Mas há outro fator que segura a valorização do BTC: a venda por parte de antigos investidores.
Antigos holders começam a vender Bitcoin
De acordo com a empresa de inteligência de mercado Glassnode, o movimento dos holders de longo prazo está segurando a alta do Bitcoin. Esse aumento nos gastos elevou o volume agregado das coortes de um para cinco anos para US$ 4,02 bilhões. Os dados mostram que este é o nível mais alto desde fevereiro.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
A partir de 2023, o número de investidores de longo prazo cresceu exponencialmente no Bitcoin. Só que a partir do ano passado, esses mesmos investidores passaram a vender suas moedas a um ritmo acelerado. Como resultado, este é o quinto maior pico de gastos de um a cinco anos deste ciclo de alta.
Esse aumento é impulsionado por investidores de Bitcoin que mantiveram suas moedas por três a cinco anos. A movimentação desses investidores está contrabalançando a demanda institucional, o que explica o fato do BTC ainda estar na região de US$ 108 mil.
O maior gasto até agora neste ciclo ocorreu em outubro de 2024, com US$ 9,25 bilhões, liderados pela coorte de um a dois anos. O segundo e o terceiro maiores gastos foram em março de 2024 e fevereiro de 2025, US$ 6,11 bilhões e US$ 5,42 bilhões, respectivamente, liderados pela coorte de dois a três anos.
Por fim, o quarto maior foi registrado em novembro de 2024, US$ 4,39 bilhões, impulsionado pela coorte de três a cinco anos.
A coorte de detentores de Bitcoin de três a cinco anos está mais uma vez liderando o último pico de gastos, com US$ 2,16 bilhões. A Glassnode observou que esta é a segunda maior saída do ciclo, após uma saída de aproximadamente US$ 6 bilhões em março de 2024.
Consolidação ou fim da alta do BTC?
Embora ainda não esteja claro se as carteiras de longo prazo estão vendendo Bitcoin para realizar lucros ou realocar seus ativos, o BTC tem estado em modo de correção nos últimos seis dias. A criptomoeda caiu mais de 4% em relação à sua máxima histórica recente de US$ 111.970, de acordo com dados do CoinGecko.
No momento em que este artigo foi escrito, o BTC valia cerca de US$ 108.500, com uma queda semanal de 3% e uma queda de 0,2% em 24 horas. Mas a criptomoeda chegou a cair 1,2% e ficar abaixo de US$ 108 mil nas primeiras horas do dia.
Se a realocação for o objetivo dos detentores mais antigos de Bitcoin, o BTC poderá se consolidar ainda mais nos próximos dias. No entanto, se eles estiverem realizando lucros, a criptomoeda poderá registrar uma correção mais profunda, possivelmente caindo abaixo de US$ 106 mil.
