O mercado teve um desempenho mais fraco nesta quarta-feira (29), sem movimentações relevantes. Ainda assim, o Top 10 amanheceu em baixa, com a Solana (SOL) mais uma vez à frente das desvalorizações caindo 2,7%. Já o Bitcoin (BTC) abriu o dia estável com leve queda de 0,2% e cotado a US$ 102.627.
O preço do Ethereum (ETH) caiu 1,6% e ficou abaixo da marca de US$ 3.200. Mas os resultados do Top 100 ficaram mais equilibrados: as valorizações predominaram, mas os desempenhos positivos foram melhores do que os negativos.
A memecoin WIF, por exemplo, subiu 16,9% e teve a maior valorização do dia, seguida pela MOVE, cujo preço valorizou 12,4%. Já a maior queda do dia ficou com a RAY (11,1%) e com o token de inteligência artificial FET, queteve queda de 8,8%. Os tokens de IA voltaram a cair forte, com apenas o TAO indo na contramão com alta de 9,5%.
Bitcoin e demais criptomoedas no aguardo do Fed
Um dos motivos que levou ao fraco desempenho do mercado é o “modo de espera” desta quarta-feira, pois mais tarde haverá decisão de juros nos Estados Unidos. O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) deverá tomar a primeira decisão de 2025 quanto a aumentar ou reduzir a taxa base de juros do país.
De acordo com a ferramenta FedWatch, há uma unanimidade clara entre os analistas. Praticamente 100% acreditam que o FOMC deve manter a taxa de juros no atual patamar de 4,25% a 4,5% ao ano. Somente 0,5% dos analistas apostam que o Fed deve realizar um corte de juros logo na primeira reunião do ano.
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O último corte de juros realizado pelo FOMC foi na reunião de 18 de dezembro, quando a taxa caiu em 25 pontos-base (0,25%). Para 2025, os analistas esperavam que o comitê fizesse dois cortes de juros, mas as expectativas caíram para apenas um corte – que não deve ocorrer no primeiro semestre deste ano.
Para Rafael Bonveti, analista da Bitget, a aposta do mercado deve se confirmar na decisão do FOMC. Mas caso o órgão decida contrariar os analistas e cortar as taxas, pode haver um grande aumento na volatilidade. Se isso acontecer, o Bitcoin pode até buscar novas máximas de preço.
“O Bitcoin ainda está em uma tendência de alta, com resistência local em US$ 103 mil. Se rompermos esse nível, a próxima resistência possível será em US$ 106 mil e US$ 107 mil. Caso consigamos superar essas resistências, devemos esperar mais resistência entre US$ 109 mil e US$ 110 mil, que é o anterior recorde histórico”, disse Bonveti.
BTC segue fraco
Por outro lado, o analista de criptomoedas Ali Martinez destacou que há um sinal de baixa para o Bitcoin (BTC) usando o indicador TD Sequential. De acordo com Martinez, o indicador emitiu um sinal de venda no gráfico, sugerindo que a criptomoeda pode revisitar os patamares de US$ 99.000 no curto prazo.
Conforme mostrado no gráfico abaixo, Martinez espera que o preço do Bitcoin retorne às máximas históricas, após obter um suporte em US$ 99.000. Ele aponta para as expectativas de uma postura mais expansionista do Federal Reserve em seu próximo anúncio, mesmo que não haja um corte de juros.
“O despejo do mercado logo antes da reunião do FOMC parece manipulação. Se o Fed sinalizar uma perspectiva expansionista amanhã, o Bitcoin pode se recuperar com as expectativas de uma política monetária mais frouxa”, explicou Martinez.
