Apesar de várias pressões de venda e notícias negativas, as criptomoedas tiveram desempenho positivo nos últimos dois dias. Nesta sexta-feira (28), o mercado voltou a ter altas moderadas, com um Top 10 operando no verde. O preço do Bitcoin hoje subiu 0,9% e preço chegou a US$ 61.487.
Enquanto isso, no Brasil, a criptomoeda vale R$ 338.992, uma queda de 2,7%. Mas o BTC acumula perdas de 4% nos últimos sete dias e uma queda total de 8,85% em janeiro, causada por pressões de venda reais.
A Solana (SOL), por exemplo, seguiu em alta e registrou ganhos de 4,9% nas últimas 24 horas, liderando as maiores valorizações.
Já o Ethereum (ETH) teve ganhos de 1,7% e seu preço chegou na máxima de US$ 3.452, enquanto a Dogecoin (DOGE) subiu 3,9% e ficou atrás somente da SOL. A XRP se valorizou 2,1%, a TON teve leve alta de 0,2% e a BNB subiu 1%.
FMI pede cautela com juros nos EUA
A maior expectativa do mercado financeiro para 2024 é que o Fed faça pelo menos um corte de juros nos EUA. No entanto, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, recomendou cautela.
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Georgieva foi na contramão do mercado a afirmou que o Fed “deveria manter as taxas nos níveis atuais pelo menos até o final de 2024”. Ela acrescentou que embora a inflação esteja sob controle, a economia dos Estados Unidos segue com um robusto crescimento. Ou seja, um corte de juros nesse momento poderia fazer a inflação voltar a subir.
O forte crescimento do mercado de trabalho dos EUA é o principal fator que impede o Fed de reduzir os juros. Com o desemprego baixo, as pessoas seguem tendo dinheiro para consumir, o que pressiona a inflação, que ainda se mantém acima de 3%.
A meta de inflação do Fed é de 2% ao ano, o que significa que os níveis de preços ainda estão baixos. Georgieva destacou que o Fed deve conseguir atingir a meta até meados de 2025, o que pode abrir margem para cortes de juros.
Novatos pressionam Bitcoin hoje
A segunda pressão de venda que pode impactar o Bitcoin é o aumento nas vendas por parte das carteiras ativas até seis meses. De acordo com a Glassnode, esses são os investidores de curto prazo e os que estão mais ativos vendendo suas moedas.
Uma das razões para o grande volume de vendas é que a maioria desses investidores comprou BTC a preços muito altos, como destaca Fernando Pereira, da Bitget. Por isso, eles tendem a sentir menos segurança de manter seus BTC para o longo prazo, o que pode fazê-los vender mais rapidamente.
“Grande parte do preço médio de entrada dos investidores está entre US$ 61.000 e US$ 71.000, o que torna muito delicada a situação. Muitas vezes, esses investidores são novatos e não sabem lidar muito bem quando estão em prejuízo, entrando em pânico e vendendo suas posições mesmo no negativo. E é justamente isso que estamos notando neste gráfico, onde os investidores de curto prazo estão diminuindo o volume de suas posições, o que aumenta a pressão vendedora”, explicou Pereira.
- Volumes de venda aumentam entre investidores de curto prazo. Fonte: Glassnode.
