O mercado abriu a última semana de outubro em alta, com destaque para a recuperação do Bitcoin (BTC). A criptomoeda saiu de US$ 109 mil na sexta-feira (24) para mais de US$ 115 mil nesta segunda-feira (27).
De acordo com o Coinglass, a alta é de 2,7% em apenas 24 horas. Já na semana passada, a valorização total da criptomoeda foi de 5,2%. Esse movimento fez o “uptober” zerar as perdas, já que o preço do Bitcoin acumula ganhos leves de 1,24% no acumulado do mês.
Apesar de sair do terreno negativo, esse pode ser o pior mês de outubro na história do Bitcoin. Com exceção dos anos em que a criptomoeda se desvalorizou, o menor desempenho da criptomoeda foi em 2022, quando o BTC se valorizou 5,6%. Em nenhum outro mês de alta o preço subiu menos de dois dígitos.
No Top 10, a maior alta do dia ficou com o Ethereum (ETH), cujo preço subiu 4,7% e chegou aos US$ 4.169. Em seguida, veio a BNB com alta de 2,3% e preço cotado a US$ 1.155. A Solana (SOL) se valorizou 1,8% e está bem perto de romper a marca de US$ 200 mais uma vez.
“No curto prazo, o XRP pode subir para a faixa de US$ 2,60 a US$ 2,80 até o fim do mês, impulsionado pela especulação sobre a aprovação de um ETF à vista, enquanto o SOL mira US$ 210 a US$ 220, sustentado pela expansão das atividades em DeFi e pelo crescimento no número de validadores”, disse Gracy Chen, CEO da Binance.
Além das altcoins, o Bitcoin também pode atingir novas valorizações e até novos topos de preço nesta semana. E por isso o mercado está de olho em três fatores.
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Bitcoin hoje: Expectativa com acordo Trump-Xi
Dois eventos prometem agitar o mercado de criptomoedas esta semana. O primeiro é a decisão de juros nos Estados Unidos na quarta-feira (29), onde 96% dos analistas apontam que o Fed cortará os juros em 25 pontos-base. Já o segundo evento é o encontro entre o presidente Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping, que ocorrerá no dia seguinte (30).
O mercado espera que no encontro, Trump e Xi anunciem um acordo comercial que traga alívio tarifário, reduzindo as atuais tarifas de 100% impostas pelos EUA contra a China. De acordo com membros do governo Trump, os dois governos mantêm “negociações comerciais positivas” antes do encontro.
A redução do atrito comercial geralmente eleva as expectativas globais de liquidez e o apetite ao risco, que historicamente ajudaram o preço do BTC. Nesse sentido, a próxima resistência está nos US$ 117 mil e não há mais força vendedora relevante após esse nível.
O indicador DMI mostra forte domínio do lado comprador, com +DI em 37,7 superando –DI em 9,8. Além disso, o ADX em torno de 26,3 mostra força de tendência forte o suficiente para sustentar avanços sem sinais de exaustão. Caso as notícias positivas levem o Bitcoin acima de US$ 117 mil, ele pode voltar a atingir seu topo histórico próximo dos US$ 125 mil.
Sem Bitcoins da Mt. Gox
Mas ainda há um terceiro fator positivo que deve trazer menos pressão de venda ao Bitcoin. Nesta segunda-feira, o trustee da Mt Gox anunciou que vai adiar a emissão de novos pagamentos em mais um ano. Os valores começariam a ser pagos nesta semana, mas agora passarão para outubro de 2026.
De acordo com o anúncio, o administrador da reabilitação da Mt.Gox afirmou que “concluiu em grande parte” o pagamento base, o pagamento antecipado em parcela única e o pagamento intermediário para os credores que concluíram os procedimentos de elegibilidade para o pagamento sem problemas.
No entanto, muitos credores ainda não receberam seus pagamentos porque não concluíram os procedimentos necessários ou porque surgiram problemas durante o processo. Dessa forma, o administrador decidiu adiar os pagamentos para dar tempo aos credores restantes para enviar os dados solicitados e receber seus reembolsos.
Conforme dados da Arkham Intelligence, a Mt Gox ainda possui 34.689 BTC em suas carteiras, o que corresponde a US$ 4 bilhões nos valores atuais. Essa distribuição poderia aumentar a pressão de venda no mercado e segurar a valorização do Bitcoin, risco que por enquanto está descartado.
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