O Bitcoin fechou a semana passada com desempenho positivo, mas registrou uma forte e abrupta desvalorização nesta segunda-feira (27). Com perdas de 5,7%, a criptomoeda caiu de US$ 104 mil e chegou a ficar abaixo de US$ 99.000 antes e experimentar uma breve recuperação.
Essa forte queda representou a terceira maior valorização diária em janeiro e afetou todas as criptomoedas. No Top 10, quase metade delas teve queda acima de 10%, com destaque para a perda de 12,1% no preço da Solana (SOL). A Dogecoin (DOGE) caiu 10,5%, mesma queda que teve a Cardano (ADA), e a BNB teve perdas de 11,2%.
A situação foi ainda pior no Top 100, já que apenas o token da exchange descentralizada Jupiter (JUP) abriu o dia no positivo. Os líderes de desvalorização foram o VIRTUAL e o XCN, com quedas de 21,4% e 24,2%, respectivamente.
Com essa correção, o mercado trouxe de volta uma análise do fundador da BitMEX, Arthur Hayes, que previu uma forte correção no mercado em dezembro. Diante deste cenário, os analistas começaram a se dividir e alguns deles já afirmam que o Bitcoin pode buscar a região de US$ 70.000.
Queda de 30% e alvo do Bitcoin em US$ 70.000
No dia 26 de janeiro, Arthur Hayes publicou uma mensagem em sua conta no X prevendo uma “mini crise financeira” no mercado em geral. De acordo com esta previsão, a tendência de alta de longo prazo do Bitcoin se mantém, mas Hayes afirma que a criptomoeda deve sofrer uma nova correção e cair até US$ 70.000.
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Após essa queda, o BTC retomaria o rali de alta ao longo de 2025 até chegar na sua máxima história. Nesse sentido, o valor mágico para o top do Bitcoin em 2025, de acordo com Hayes, é de US$ 250.000. Tal movimento se assemelha ao que aconteceu em 2020, quando o BTC caiu 50% durante o “coronacrash” e depois atingiu sua máxima história no ano seguinte.
Hayes acredita que essa mini crise não atingirá apenas o BTC, mas o mercado como um todo, e que o Federal Reserve dos EUA voltará a imprimir dinheiro para resolver o problema. Esse movimento deve alavancar mais o preço do BTC após a esperada correção.
“Estou apostando numa correção de US$ 70.000 a US$ 75.000 no BTC, uma mini crise financeira e uma retomada da impressão de dinheiro que nos enviará para US$ 250 mil até o final do ano”, afirmou Hayes.
Otimistas e pessimistas
O popular analista Ali Martinez segue a mesma linha de Hayes, tendo como base a oferta total de Bitcoin detida por detentores de longo prazo. Essa oferta diminuiu em mais de 75.000 BTC na semana passada, mostrando que os investidores seguem realizando lucros e pressionando o preço para baixo.
No entanto, o CEO da CryptoQuant, Ki Young Ju, acredita que o rali de alta do Bitcoin não acabou. Young Ju admite que o mercado de alta está nos seus estágios finais, mas discorda de Hayes quanto a essa correção.
“Estamos no estágio final do mercado de alta do Bitcoin, mas acredito que ainda há espaço para crescimento. Eu diria que estamos na fase inicial de distribuição, à medida que novos investidores de varejo estão entrando. O impacto promocional global de Trump pode estender esse rali de alta por mais alguns trimestres”, disse.
