O preço do Bitcoin (BTC) voltou a cair e atingiu a marca de US$ 66.500 nesta quarta-feira (23). De acordo com o CoinGecko, a criptomoeda sofreu perda de 0,8% e caiu para a região de US$ 66.550, indicando nova perda de força no curto prazo. Nos últimos sete dias, a queda do BTC chegou a 1,2%.
Novamente, apenas a Tron (TRX) registrou alta no Top 10, mas desta vez o destaque negativo ficou com a Dogecoin (DOGE), que caiu 4,1%. O Ethereum (ETH) caiu 1,8% e viu seu preço chegar em US$ 2.536, perdendo o suporte dos US$ 2.600.
Nas últimas duas semanas, o preço do Bitcoin saiu de US$ 60.321 para cerca de US$ 69.000, registrando um crescimento de 10,4%. De fato, o desempenho da criptomoeda ainda registra ganhos de 4,6% em outubro, o que mantém intacto o sentimento do “uptober”.
Essa movimentação sinaliza a tentativa dos traders de BTC de encerrarem a consolidação que já dura sete meses, mas seguem enfrentando dificuldades. No entanto, uma métrica-chave segue evoluindo e continua a alimentar as esperanças dos traders.
Bitcoin mais escasso nas exchanges
De acordo com Fernando Pereira, analista da Bitget, este indicador é o Exchange Net Position Change, que mede a variação líquida de bitcoins mantidos em todas as exchanges. O indicador calcula a diferença entre o total de BTC depositados e retirados das exchanges em um período específico.
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“Este indicador é fundamental para compreender os fluxos de entrada e saída de bitcoins nas exchanges, fornecendo insights sobre a atividade de negociação e o sentimento dos investidores”, afirma Pereira. E o gráfico abaixo mostra que o fluxo de saída das exchanges (vermelho) segue em alta.
Embora o preço do Bitcoin siga lateralizado, o total de BTC saindo das exchanges segue em alta desde a segunda quinzena de agosto. Ou seja, os investidores estão fazendo a custódia do seu ativo, evidenciando que não têm pretensão de realizar suas posições tão cedo.
“Assim temos uma situação de redução de oferta, ajudando o preço do ativo subir”, explicou Saylor.
BTC a US$ 230 mil
Em um tuíte recente, o analista de criptomoedas Gertvan Lagen revelou que o preço do Bitcoin formou um padrão de “xícara e alça” semelhante ao índice S&P 500 e ao preço do ouro. No caso do ouro, o preço formou este mesmo gráfico antes de atingir suas nova máxima.
Os três gráficos mostraram uma recuperação semelhante em forma de pires e um recuo temporário antes de desencadear um grande rali. Teoricamente, a configuração do gráfico mostra uma transição clara de uma tendência de baixa para uma tendência lateral/de acumulação seguida por um rali de recuperação.
Antes de entrar em uma recuperação completa, o padrão do gráfico oferece uma correção curta para os compradores recuperarem o momentum de alta. Curiosamente, esta mesma correção acontece com o BTC esta semana.
Na análise técnica, o alvo para um rompimento é frequentemente determinado medindo a profundidade do copo no padrão e aplicando esse valor ao ponto de rompimento esperado. Se o padrão for verdadeiro, Lagen aponta que o BTC pode atingir sua máxima histórica em US$ 230 mil.
