O Bitcoin (BTC) entrou na sua fase “dia da marmota”, ou seja, sem grandes oscilações. Mais uma vez a criptomoeda não conseguiu se valorizar e caiu 2,9%, abrindo a terça-feira (21) valendo US$ 107.704. As perdas do Bitcoin chegaram a 3,1% no acumulado de sete dias e a 5,38% no mês de outubro.
Caso os resultados se confirmem, será a primeira vez na história que o preço do Bitcoin fecha outubro em queda no ano pós-halving. Todas as quedas anteriores ocorreram em anos de ciclo de baixa (2014 e 2018). Para Guilherme Prado, country manager da Bitget, o movimento de queda deve continuar por algum tempo.
“No curto prazo, a lateralização deve persistir entre US$ 109.000 e US$ 114.900. Rompendo os US$ 115.000, o BTC pode buscar US$ 118.000–120.000; perdas abaixo de US$ 109.000 reacendem risco de novo teste em US$ 105.000”, afirmou o analista.
Com a queda do Bitcoin, todas as criptomoedas do Top 10 registraram perdas nas últimas 24 horas. De acordo com o CoinGecko, o destaque para a queda de 4,4% do Ethereum (ETH), que caiu abaixo de US$ 3.900, e da BNB, que se desvalorizou 5,2%. O mesmo aconteceu no Top 100, onde o único destaque positivo foi a alta de 36% no preço da COAI, mas as desvalorizações dominaram, com a queda de 10% da ASTER liderando as perdas do dia.
Ao mesmo tempo, o mapa de liquidações registrou queda no volume de posições abertas. Foram cerca de US$ 321 milhões nas últimas 24 horas, segundo dados do Coinglass, e o Bitcoin liderou as perdas do dia liquidando US$ 89 milhões. Em seguida veio o Ethereum, cujas liquidações atingiram US$ 86 milhões.
“Baleia de Trump” volta a apostar
Por falar em liquidações, os traders continuam apostando na queda prolongada do Bitcoin. De acordo com dados do Onchain Lens, a chamada baleia insider de Trump voltou a aumentar sua posição de venda. Ela adicionou mais 200 BTC (avaliados em cerca de US$ 22,1 milhões) à sua posição vendida.
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Isso elevou seu total para 900 BTC, avaliados em aproximadamente US$ 99,6 milhões. O preço de entrada do trader misterioso é de US$ 109.521, com um limite de liquidação próximo a US$ 141.072. Ou seja, cerca de 40% maior do que o atual preço do Bitcoin, o que resultaria numa perda flutuante de pouco mais de US$ 1,1 milhão.
A ação da baleia insider de Trump ocorre após uma posição vendida de US$ 76 milhões na semana passada e uma exposição acumulada superior a 3.400 BTC. O trader chegou a alavancar quase US$ 1 bilhão após a forte queda do Bitcoin na semana passada.
Ele fez suas operações antes do anúncio das tarifas impostas pelos EUA contra a China, o que fez o mercado apostar que o trader tem informações privilegiadas – por isso o apelido.
Curiosamente, enquanto a baleia continua a dobrar suas apostas pessimistas, outros grandes investidores parecem estar tomando o lado oposto.
Relatórios sugerem que outra baleia abriu recentemente US$ 255 milhões em posições compradas em BTC e Ethereum. Essa posição se abriu na segunda-feira (20), logo após Trump confirmar planos de se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, na cúpula da APEC em 31 de outubro. Ou seja, mais um trader que aproveitou o momento ideal.