No último domingo (20), o Bitcoin (BTC) registrou um novo recorde de preço em reais, atingindo o valor de R$ 396.884 de acordo com dados do Cointrader Monitor. Esse marco ocorreu em meio ao crescente movimento de alta da criptomoeda, que tem apresentado aumentos significativos tanto em valor quanto em indicadores de sua rede.
Se na cotação em reais o Bitcoin registrou um recorde (devido à alta do dólar frente ao real), na cotação em dólar o BTC atingiu uma alta de três meses, superando brevemente a marca de US$ 69.000, apenas US$ 4.000 abaixo de seu recorde histórico.
Atualmente, a criptomoeda está sendo negociada em torno de US$ 68.350, um aumento de 5,4% nos últimos sete dias.
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Preço do Bitcoin e das altcoins
Na última semana, o Bitcoin apresentou um desempenho positivo, começando com uma alta significativa na segunda-feira anterior (14), quando passou de US$ 62.400 para US$ 66.400. Contudo, o movimento foi seguido por uma disputa intensa entre compradores e vendedores. Isso resultou em flutuações de até US$ 3.000 no preço da criptomoeda.
Apesar da volatilidade, os compradores prevaleceram e continuaram a impulsionar o preço do BTC para o norte. O ponto alto da semana ocorreu na sexta-feira (18), quando o ativo digital chegou a tocar US$ 69.000, valor que não era alcançado desde o final de julho deste ano.
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O fim de semana foi mais calmo, com o Bitcoin sendo negociado de forma estável ao redor de US$ 68.500. Contudo, na manhã desta segunda-feira, durante o pregão asiático, a criptomoeda voltou a subir, atingindo a marca de US$ 69.500, um novo pico de três meses. Apesar desse avanço, o ativo não conseguiu superar a resistência em torno de US$ 70.000 e, posteriormente, recuou para cerca de US$ 68.400.
BTC não consegue superar US$ 70.000
Mesmo com essa correção, o valor de mercado do Bitcoin continua acima de US$ 1,35 trilhão. Entretanto, a dominância do BTC no mercado de criptomoedas caiu para 54,5%, em comparação com os 55,1% registrados na semana anterior, o que indica que outras criptomoedas (altcoins) também têm apresentado ganhos.
Um dos destaques do mercado de criptomoedas foi o ApeCoin (APE), que registrou ganhos de três dígitos em um único dia, subindo para um valor máximo de seis meses de US$ 1,7 antes de recuar para aproximadamente US$ 1,5. Essa valorização veio após um anúncio importante feito pela equipe de desenvolvimento da criptomoeda.
Outras altcoins também registraram ganhos menores. O Ether (ETH), por exemplo, superou os US$ 2.700 após uma alta diária de 2,2%. BNB e Solana também registram valorizações de 2,0% e 4,6%, respectivamente. O XRP também subiu 2,5% e a Dogecoin valorizou 1,5%.
Esses ganhos nas altcoins ajudaram a elevar o valor total de mercado das criptomoedas, que cresceu cerca de US$ 35 bilhões durante a noite, se aproximando de US$ 2,5 trilhões, uma marca que não era vista há aproximadamente três meses.
Hash rate do BTC dispara
Além do preço, o Bitcoin também atingiu novos recordes relacionados à segurança e eficiência de sua blockchain, com o hash rate alcançando níveis sem precedentes.
O hash rate, um indicador fundamental para medir a segurança e o desempenho da rede, chegou ao nível recorde de 791,62 milhões de terahashes por segundo (TH/s), conforme dados da Ycharts. Este aumento representa uma melhoria de 73,95% em relação ao mesmo período do ano passado. Nas últimas semanas, a taxa de hash do Bitcoin passou por grandes oscilações, variando entre 574 milhões e 742 milhões de TH/s no início de outubro, até atingir a marca histórica atual.
O crescimento do hash rate está diretamente ligado ao desenvolvimento de equipamentos de mineração mais avançados. Além disso, tem relação com o aumento da participação de mineradoras norte-americanas listadas em bolsas de valores, como Marathon Digital, CleanSpark e IREn.
Dificuldade de mineração
Com o aumento do hash rate, a dificuldade de mineração do Bitcoin também está próxima de atingir novos recordes. A dificuldade, que mede o quão difícil é para os mineradores encontrarem um novo bloco na rede, estava em 92,05 trilhões no bloco 866.682. A próxima atualização de dificuldade está prevista para o dia 22 de outubro. Estima-se que ela suba pelo menos 4,17%, chegando a 95,88 trilhões, um novo recorde para a rede.
Embora o aumento da dificuldade e do hash rate signifique maior segurança para a rede, também torna a mineração de novos Bitcoins mais cara. Ainda assim, os mineradores continuam lucrando. Em 20 de outubro, por exemplo, a receita diária era de US$ 38,38 milhões, uma queda de 1,17% em relação ao dia anterior. Comparado ao mesmo período de 2023, porém, a receita caiu 33,2%.
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