O mercado de criptomoedas mostrou sinais mistos de recuperação nesta quinta-feira (20). Após três dias seguidos de perdas, o Bitcoin (BTC) se recuperou e voltou a ficar acima de US$ 97.000. De acordo com o CoinGecko, o preço da criptomoeda teve alta de 1,1% e abriu o dia cotado a US$ 97.303.
Enquanto isso, as principais altcoins abriram o dia no positivo, apesar de quase US$ 300 milhões liquidados no setor. O Ethereum (ETH), por exemplo, teve ganhos de 0,4% e o XRP subiu 4,5%, tendo a maior alta do Top 10. A Cardano (ADA) também subiu forte (3,2%) e seu preço chegou a US$ 0,79.
Como resultado, os observadores do mercado permanecem altamente otimistas sobre uma recuperação de preços e a continuação deste ciclo de alta no futuro. No Top 100, pelo menos cinco criptomoedas tiveram fortes altas acima de 10%. Mas o grande destaque ficou com o token da Berachain (BERA), que subiu 23% em apenas 24 horas e se aproximou de sua máxima histórica.
Bitcoin recupera a estabilidade acima de US$ 97.000
No momento da redação deste texto, a mínima e máxima de preço do BTC no gráfico diário eram de US$ 95.019,07 e US$ 97.364,05, respectivamente. Contudo, a dominância do BTC caiu 0,17% e chegou a 60,12%, sinalizando que as altcoins ganharam mais espaço nas últimas horas.
Esta valorização também afeta, pelo menos temporariamente, a possibilidade do BTC sofrer grandes correções. Rafael Bonveti, analista da Bitget, explicou que o suporte de US$ 93.600 é crucial para impedir uma nova tendência de baixa. O seu rompimento pode levar a quedas adicionais em direção à região de US$ 80.000, o que diminuiria significativamente a probabilidade de um cenário mais otimista para as próximas semanas.
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“Por outro lado, um movimento acima do recente pico da segunda onda, em torno de US$ 96.000, poderia reduzir as chances de desdobramento de um cenário baixista, de tendência de queda contínua”, explicou o analista.
Até o momento, este é o cenário que está prevalecendo na disputa entre compradores e vendedores.
Além disso, a demanda institucional pelo BTC segue em alta, mesmo que os investidores de varejo continuem vendendo. Esse movimento cria um efeito “cabo de guerra” onde nenhum lado prevalece, o que impede o preço de tomar uma direção definitiva.
BERA é destaque no Top 100
Enquanto o Bitcoin oscila, outra criptomoeda se destaca. Lançada em 6 de fevereiro, a Berachain é uma rede composta por três tokens diferentes. Um deles é o BERA, que serve como token de pagamentos e foi distribuído via airdrop, disparando 700% apenas nos primeiros dias.
Apesar de sofrer uma correção depois que atingiu esse pico, o BERA já acumula ganhos de 37% somente nesta semana, sendo que o preço saltou 23% nesta quinta-feira. O aumento notável no valor do token é apoiado por uma forte pressão de compra, como evidenciado pelo seu indicador positivo Chaikin Money Flow (CMF).
O CMF, indicador que rastreia os movimentos de capital em um ativo, está acima da linha neutra em 0,04, indicando tendência de alta. Essa tendência sugere que o aumento do volume de negociação está sustentando o rali do BERA, aumentando sua longevidade potencial e reduzindo a probabilidade de um pico de curta duração.
Além disso, na quarta-feira (19), o BERA teve entradas de capital que somaram US$ 316.120, valor que pode soar pequeno, mas é alto para um token recém-lançado. Outro ponto positivo é que o mercado do token havia registrado saídas de capital de US$ 2,60 milhões no dia anterior, fazendo as entradas indicarem recuperação.
As entradas à vista indicam maior compra direta em exchanges de criptomoedas, refletindo a forte demanda dos investidores e sinalizando um momento otimista no mercado do BERA. Essa valorização de hoje fez o preço do token chegar em US$ 8,13 e se aproximar da resistência em US$ 8,49.
Se a demanda pelo BERA aumentar ainda mais, ele poderá ultrapassar esse nível e atingir sua máxima histórica de US$ 15,20, um potencial de valorização superior a 90%.
