O mercado de criptomoedas registra alta na manhã desta quinta-feira (19) após o corte de 50 pontos base na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos. O preço do Bitcoin (BTC), em particular, voltou a superar a marca de US$ 62.000 pela primeira vez desde o fim de agosto.
No momento da redação desta matéria, o BTC está custando exatos US$ 62.515, com uma valorização diária de 4,3%, de acordo com dados do CoinGecko. Na cotação em reais, cada Bitcoin está custando R$ 341.464.
Entre as principais criptomoedas, exceto o Bitcoin, a Solana (SOL) liderou os ganhos com um aumento de mais de 7% para US$ 138,96. Em seguida, vem o Ethereum (ETH) com um salto diário de 5,2% para US$ 2.428. As demais altcoins do Top 10 também registram alta: Binance Coin (BNB) subiu 2,9% nas últimas 24 horas, XRP saltou 2,2%, Dogecoin valorizou 3,9% e Toncoin subiu 4,0%.
As maiores “ganhadoras” do dia, considerando o Top 100 são: a memecoin Popcat (+30,8%), Sei (+24,1%) e Bittensor (+19%). Além disso, o Bitcoin Cash, NEAR, SUI, Celestia, STX, FET, FTM e algumas outras altcoins registraram ganhos de dois dígitos nesta quinta.
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Com isso, o valor de mercado global das criptomoedas está em US$ 2,25 trilhões, com uma alta diária de 3,3%. A dominância do Bitcoin perante as demais criptomoedas está em 54,8% e a do Ethereum está em 13%.
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Analistas pregam cautela com Bitcoin e criptomoedas
Contudo, apesar dessa valorização, analistas permanecem cautelosos quanto à durabilidade dessa recuperação. Chris Aruliah, chefe de instituições na ByBit, observou que, embora o corte de 0,5% possa dar um impulso temporário ao mercado de criptomoedas, a desaceleração econômica global e a incerteza geopolítica continuam a impactar o sentimento dos investidores. Em sua análise, ele destacou a importância de ficar atento às flutuações do mercado e aos desafios econômicos globais.
Arthur Hayes, cofundador da Maelstrom, também compartilhou sua visão sobre o impacto dos cortes de juros. Conforme argumentou ele, embora possam desencadear uma recuperação de curto prazo, os cortes revelam questões mais profundas no sistema financeiro global. Hayes acredita que o corte das taxas pode agravar a inflação, o que, por sua vez, pressionaria o mercado de ativos de risco, como as criptomoedas.
“Se continuarem reduzindo as taxas, a inflação vai acelerar no quarto trimestre”, afirmou Hayes, ressaltando que a economia dos EUA ainda apresenta crescimento sólido, mas os cortes de taxas podem criar problemas adicionais.