O desempenho das maiores criptomoedas ao longo da última semana foi misto, como mostram dados do CoinGecko. Das 10 maiores criptomoedas, somente três registraram ganhos ao longo da semana passada: TON (6,8%), BNB (5,5%) e XRP (3,3%).
O Bitcoin (BTC), por outro lado, teve leve queda de 0,2% e o Ethereum (ETH) caiu 0,4% no mesmo período. Em termos de preço, o BTC fechou a semana na região dos US$ 58.000 e o ETH permaneceu na região de US$ 2.500. Ambas as criptomoedas tiveram dificuldade em romper novas valorizações.
Contudo, pelo menos três razões podem deixar os holders de BTC entusiasmados com novas valorizações, pois foram indicadores que mostraram nova força durante a semana passada.
Baleias compram na baixa
Um fator significativo que alimenta o aumento do preço do Bitcoin é saída de BTC das exchanges. Ou seja, investidores que desistem de vender suas moedas ou então grandes endereços acumulando na baixa. Neste caso, trata-se da segunda opção.
Somente nos últimos 30 dias, as exchanges testemunharam uma redução de 11.317,53 BTC. As perdas vieram especialmente de grandes plataformas como, Coinbase Pro e Bitfinex, respondendo por mais de 23.000 BTC acumulados. Em outras palavras, o total sacado representa quase 50% dos BTC que esses serviços mantêm sob custódia.
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Além disso, apenas nos últimos sete dias, o saldo total de BTC nas exchanges caiu para 10.657,87 BTC. Essa saída massiva sugere que os traders estão movendo suas participações em BTC para carteiras offline, o que reduz a oferta no curto praz.
Por fim, os grandes investidores (“baleias”) adquiriram 500.000 BTC desde 30 de julho. Essa fase de acumulação, que frequentemente influencia as tendências do mercado, indica um forte sentimento de alta.
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Fluxos robustos de ETFs
Outro fator-chave do recente momento de preço são as entradas robustas nos ETFs de Bitcoin. Somente no dia 16 de agosto, os fundos receberam um total de US$ 35,9 milhões, enquanto que o fluxo positivo atingiu US$ 32,4 milhões na semana passada.
Os ETFs da BlackRock, Fidelity, Bitwise e Ark receberam os maiores fluxos, totalizando US$ 20,4 milhões, US$ 61,3 milhões, US$ 12 milhões e US$ 13,4 milhões em entradas, respectivamente. Em contrapartida, o GBTC da Grayscale registrou saídas massivas de US$ 72,9 milhões na sexta-feira (16).
Esses fluxos de ETF refletem a crescente confiança dos investidores no BTC como uma classe de ativos, com mais investidores buscando exposição por meio de produtos financeiros regulamentados. Mais um catalisador para futuras valorizações do BTC.
Crescente adoção institucional
Grande parte do fluxo positivo para os ETFs de Bitcoin veio da adoção institucional, com grandes fundos e bancos investindo em cotas dos fundos. O banco Goldman Sachs, por exemplo, revelou que possui mais de US$ 400 milhões comprados em ETFs de Bitcoin.
Da mesma forma, outro gigante bancário dos EUA – Morgan Stanley – divulgou que possui US$ 187,79 milhões em cotas do IBIT, ETF da BlackRock. Além disso, os fundos de pensão agora estão considerando incluir os ETFs – e esses fundos possuem trilhões de dólares em seus portfólios.
O envolvimento de grandes instituições financeiras como Goldman Sachs e Morgan Stanley em ETFs de Bitcoin sinaliza um forte endosso do potencial da criptomoeda. Por isso, eles devem contribuir para a chegada da nova máxima do BTC, mesmo que demore a acontecer.
