As maiores criptomoedas do mercado voltaram a recuar nesta terça-feira (17). No Top 10, o maior destaque negativo ficou com a Solana (SOL), que teve perdas de 3,7%, enquanto o Ethereum (ETH) caiu 2,4%. Quem também se desvalorizou foi a Dogecoin (DOGE), cujas perdas chegaram a 3,1%. Já o preço do Bitcoin hoje caiu 1%, para menos de US$ 106 mil com a continuidade das tensões no Oriente Médio.
A única exceção no Top 10 foi a Tron (TRX), cujo provável IPO na Nasdaq fez o preço do token subir 2,3%. Por outro lado, o Top 100 teve 95% das criptomoedas operando no negativo, com destaque para a queda de 16% da SPX.
Os últimos acontecimentos no Oriente Médio resultaram em maior volatilidade no mercado de criptomoedas. Mas o preço do Bitcoin segue com vários fatores que podem definir uma nova alta em breve. Um deles é a saída de BTC das exchanges, que segue quebrando recordes.
Altos e baixos do preço do Bitcoin hoje
A tensão geopolítica no Oriente Médio foi o principal fator que levou o Bitcoin hoje a desvalorizar. O ativo era negociado perto de US$ 108.500, mas o ataque inicial de Israel ao Irã pegou o mercado desprevenido, e o Bitcoin despencou para menos de US$ 103 mil.
O Irã retaliou os ataques no dia seguinte, mas a surpresa do conflito amenizou as perdas do mercado. Com os investidores recuperando o ânimo, o BTC conseguiu recuperar algum terreno durante o fim de semana. Ele não voltou aos US$ 109 mil, mas zerou as perdas da semana passada.
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Já o início da semana de negócios atual foi mais positivo, com o Bitcoin ultrapassando US$ 107 mil na segunda-feira (16) e continuando a subir à noite. No entanto, o preço voltou a cair após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recomendar a evacuação imediata de Teerã, capital do Irã.
O anúncio recebeu críticas de parte da comunidade internacional, que considerou a ação como uma escalada do conflito. E fez o preço do Bitcoin caiu novamente para menos de US$ 106.400.
Baleias seguem retirando Bitcoin
Apesar da queda no preço do Bitcoin, a oferta de BTC nas exchanges segue em queda. Em 16 de junho, a Binance registrou uma saída de capital em um único dia de quase 4.500 BTC, o que, de acordo com o Bitcoin Exchange Balance.
Trata-se de um dos maiores saques de criptomoedas neste mês. E como resultado, o balanço de BTC nas exchanges chegou a 2,097 milhões, o menor em toda a história.
Geralmente, essas retiradas em larga escala são interpretadas como um sinal de acumulação, que frequentemente precede a alta dos preços devido à redução da pressão de oferta nas corretoras. Afinal, os investidores retiram Bitcoins das exchanges para carteiras privadas, eliminando esta oferta do mercado.
Ao mesmo tempo, a Binance testemunhou duas grandes entradas de stablecoins – cada uma ultrapassando US$ 400 milhões – em 13 e 15 de junho. Essas movimentações consecutivas de capital estão entre os maiores picos de entrada observados nos últimos meses.
Grandes depósitos de stablecoins são comumente vistos como um precursor da atividade de mercado e implicam que um capital significativo está sendo posicionado para potenciais compras de ativos.
Nesse sentido, a sincronização entre entradas de stablecoins e grandes retiradas de Bitcoin aponta para uma prontidão estratégica do lado comprador entre baleias ou investidores institucionais.
“O fluxo institucional segue forte, especialmente via ETFs, sustentando o preço do Bitcoin mesmo após correções recentes. Empresas como Strategy e Metaplanet continuam ampliando suas reservas de BTC, com a última planejando adquirir até 210.000 BTC em uma nova rodada de captação de US$ 5,4 bilhões”, afirma Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil.
