Mais uma vez, as criptomoedas registraram quedas de preço, com exceção da alta de 0,8% da Tron (TRX). A Solana (SOL) liderou as perdas do dia no Top 10 e caiu 4,8% e a XRP teve queda de 2,4%. Enquanto isso, o preço do Bitcoin hoje se desvalorizou 0,9%, mas se manteve acima de US$ 111 mil.
Já o Ethereum (ETH) voltou ao patamar de US$ 4.000 mesmo com perdas de 1,7%. A Dogecoin (DOGE) caiu 1,3% e a BNB abriu o dia com perda de 0,7%.
Menos de 10 criptomoedas do Top 100 registraram altas, mas a COAI segue acumulando ganhos e se valorizou 44,5% nesta quinta-feira (16). A ASTER, por sua vez, caiu 12% e teve a maior perda do dia.
Como resultado das tensões macroeconômicas, o Bitcoin registra queda de 2% até agora, passada metade do mês de outubro. Este é o primeiro resultado negativo para o mês desde 2018, quando o Bitcoin fechou o décimo mês do ano em queda de 3,83%. De acordo com o Coinglass, a criptomoeda registrou perdas em apenas dois dos últimos outubros desde 2013.
O primeiro foi em 2014, quando caiu 13%, e o segundo em 2018, quando perdeu 3,8%. Joe Consorti destaca que esta é a terceira vez nos últimos seis anos que o BTC fica negativo na metade de outubro. Em todas as seis vezes anteriores, o BTC terminou no verde até 31 de outubro, disse ele, antes de acrescentar: “Há um pouco de esperança”.
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Bitcoin hoje: caçada ao “outubro vermelho”
O BTC caiu para uma mínima intradiária de US$ 110.500 na quarta-feira (15), antes de se recuperar e ser negociado em torno de US$ 111.300 na manhã desta quinta-feira. Desde que atingiu seu topo histórico, a criptomoeda já caiu 12% e acumula queda de 9% nos últimos sete dias, com as perdas de outubro se acumulando nesta semana.
Não é comum ver o Bitcoin fechar outubro em alta, mas as perdas ao longo do mês não são raras. A segunda metade do mês costuma ser positiva para a criptomoeda, que se recupera à medida que novembro se aproxima. Para Guilherme Prado, country manager da Bitget, o atual momento se explica por causa da “estabilidade tensa” no preço da criptomoeda.
“O Bitcoin recuperou parte das perdas, sustentado pelo aumento das compras institucionais e novos aportes via ETFs – somente ontem, os ETFs de BTC somaram cerca de US$ 103 milhões em entradas e os de ETH US$ 236 milhões. Porém, as ameaças e incertezas referentes à guerra tarifária entre EUA e China seguem limitando ralis mais sólidos”, disse Prado.
Para o especialista em gráficos “Bach”, ainda não havia sinais de cautela na “estrutura Boombust”, o que significa que “não atingimos aquele estágio parabólico”. O último sinal de alta do Bitcoin veio em abril de 2025, quando os mercados começaram a se recuperar da grande queda.
“Ainda vemos US$ 150 mil até o final do ano como uma meta razoável“, disse ele.
Ciclo de alta estendido
Enquanto isso, o especialista em litígios sobre criptomoedas Joe Carlasare previu que o ciclo de alta do Bitcoin se estenderia até o próximo ano.
“Essa narrativa sobre ciclo de 4 anos causou posicionamento comprado excessivo, e o mercado quase nunca deixa todos ganharem. É preciso queimar esse excesso, frustrar os touros e, em seguida, subir ao longo de 2026”, disse Carlasare.
Pelo lado das notícias, a Lumx, líder em infraestrutura para pagamentos com stablecoins, anunciou a captação de US$ 3,4 milhões em rodada de investimento liderada pela Indicator Capital e pela CMT Digital. O aporte contou com a participação do fundo Escala Capital, além de investidores estratégicos como a Bitso, Nomad e CAF Ventures (CAFE), e investidores-anjo como Josh Weiss, Chuk Okpalugo.
“O novo aporte será destinado a expandir a operação na região, acelerar o desenvolvimento tecnológico e, sobretudo, aprofundar práticas de regulação e compliance em parceria com os órgãos reguladores, reforçando o compromisso da Lumx em oferecer uma infraestrutura segura, transparente e alinhada aos mais altos padrões legais para stablecoins”, disse a empresa em comunicado.