O mercado de criptomoedas sofreu a maior liquidação da sua história, quando US$ 20 bilhões foram varridos na última sexta-feira (10). Isso ocorreu após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que poderia reativar as tarifas comerciais contra a China. Ou seja, dar um novo início para a guerra tarifária.
Com o risco do aumento de novas tarifas, o preço do Bitcoin (BTC) caiu cerca de US$ 10.000 em menos de uma hora, levando-o a perder o nível de US$ 120 mil. A criptomoeda chegou a atingir a mínima de US$ 109 mil, refletindo o pânico que tomou conta dos investidores.
O nível de quedas superou até a liquidação do “coronacrash” em 12 de março de 2020, que até então era o maior evento de liquidação do mercado. As liquidações atingiram sobretudo posições compradas que se alavancaram esperando uma recuperação no preço das criptomoedas.
Mas o Bitcoin hoje se recuperou e registrou alta de 3% nesta segunda-feira (13), voltando aos US$ 115 mil. Solana e XRP tiveram altas de 8%, enquanto a Dogecoin (DOGE) subiu 10,5%e liderou os ganhos do Top 10. O Ethereum (ETH) subiu 8,6% e abriu o dia valendo US$ 4.156.
Já as liquidações tiveram uma forte queda, mas ainda chegaram a US$ 637 milhões nesta manhã. O Ethereum liquidou US$ 222 milhões e liderou as perdas, enquanto as liquidações do Bitcoin chegaram a US$ 128 milhões. O token da Plasma (XPL) liderou as perdas entre os comprados, liquidando US$ 4 milhões.
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Recuperação do Bitcoin hoje
Antes da forte liquidação, o preço do Bitcoin havia se estabilizado em torno de US$ 122 mil, após atingir o pico de mais de US$ 126 mil na segunda-feira (6).
No entanto, na sexta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor um novo conjunto de tarifas sobre produtos chineses, o caos se instalou. O preço do Bitcoin registrou sua maior queda diária na história em termos de valor em dólar, além da maior liquidação. A criptomoeda perdeu quase US$ 11.000 quando atingiu sua mínima de US$ 109 mil.
O Bitcoin começou a se recuperar quase imediatamente e saltou para US$ 110 mil no domingo (12). A alta continuou ao longo do dia, com a mesma intensidade da queda. Em poucas horas o BTC alcançou US$ 115 mil, à medida que a tensão entre as duas grandes potências diminuía. Em sua rede social, Trump afirmou que “os EUA pretendem ajudar a China, não machucá-la“, o que fez a calma retornar aos mercados.
Durante as liquidações, o valor de mercado do Bitcoin caiu para menos de US$ 2,3 trilhões, enquanto seu domínio sobre as altcoins foi duramente atingido, caindo para 57,1%.
Quem se beneficiou da queda foi a BNB, que voltou para os US$ 1.300 nesta segunda e rompeu seu topo histórico mais uma vez. A criptomoeda teve alta de 8,6% nas últimas 24 horas.
Wall Street se movimenta
De acordo com a CryptoQuant, o Índice Premium da Coinbase para Bitcoin atingiu a máxima em 19 meses em 10 de outubro, indicando um aumento na atividade de compra institucional. Este índice, que mede a diferença de preço entre os pares USD na Coinbase e USDT na Binance, subiu para 0,182.
Este valor é o maior desde março de 2024 e indica aumento na compra de Bitcoin por investidores institucionais. De maneira geral, o prêmio se contrai ou fica negativo durante as liquidações devido à pressão de venda dos investidores. Mas neste caso, o prêmio subiu e chegou a um valor recorde, surpreendendo o mercado.
O pico inesperado durante uma correção de preço aponta para um acúmulo significativo de instituições sediadas nos EUA, indicando forte demanda por Bitcoin em níveis descontados. Este é um caso clássico de grandes investidores “comprando na baixa”, onde os investidores exploram o pânico do mercado e a liquidez para construir posições de longo prazo.
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