Depois de se aproximar dos US$ 96.000, o Bitcoin (BTC) não teve forças para seguir em alta e voltou a registrar uma forte correção. Com queda de 2,7% nesta segunda-feira (13), a criptomoeda agora luta para se manter acima de US$ 90.000 e evitar novas perdas.
No acumulado da semana, o BTC registrou queda de 3% e aprofundou as perdas de janeiro para 6,38%. É a primeira vez que o BTC registra desvalorização no início do ano desde 2022.
Quanto ao restante do Top 10, a Cardano (ADA) liderou as perdas do dia ao despencar 7,6%, seguida pela Dogecoin (DOGE) com queda de 5%. Em terceiro lugar ficou o Ethereum (ETH), cuja desvalorização chegou a 4,4% e fez a criptomoeda cair para US$ 3.100.
Se a correção do BTC continua, os dados da rede mostram o menor nível de atividade nos últimos dois meses. Com isso, analistas estimam que a criptomoeda pode entrar em uma nova fase de correção e chegar até o nível de US$ 70.000.
Queda de atividade no Bitcoin
Não foi somente o BTC que experimentou uma forte correção nos últimos dias, pois a rede do Bitcoin também sofreu uma queda significativa na atividade. Essa queda no nível de atividade se reflete no número de endereços ativos na rede, que atingiuo nível mais baixo desde novembro de 2024.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
De acordo com o analista Ali Martinez, o número total de endereços ativos no BTC caiu para apenas 667.100, contra mais de 960 mil em novembro. Martinez afirmou que o declínio mostra que há menos engajamento da rede, deixando os investidores preocupados com as possíveis implicações para o preço do BTC.
Com base no menor engajamento, o BTC pode cair ainda mais e chegar a perder o suporte de US$ 90.000. Ou seja, uma correção que pode variar entre 10% e 20% Com base no preço atual. Além disso, com os indicadores do Bitcoin on-chain mostrando fraqueza, há uma maior possibilidade de correção antes do aguardado rali de alta deste ciclo.
Outro indicador importante é o SOPR (Spent Output Profit Ratio), que mede as vendas de holders de curto prazo. Dados da CryptoQuant mostram que este indicador caiu abaixo de 1, sinalizando que, em média, os detentores de curto prazo estão vendendo seus BTC com prejuízo.
Pelo lado positivo, Martinez destacou uma zona de resistência crítica para o BTC em qualquer lugar entre US$ 97.000 e US$ 99.500. Nessa faixa, aproximadamente 1,26 milhão de endereços acumulou 1,22 milhão de BTC anteriormente, e qualquer rompimento acima desse nível pode fazer o BTC retomar a tendência de alta.
Quão baixo o preço do Bitcoin pode cair daqui?
A queda no número de endereços ativos do Bitcoin é algo normal e ocorre em momentos onde o preço segue em baixa ou numa faixa de lateralização. Por outro lado, as quedas no mês de janeiro costumam preceder grandes movimentos de alta, sobretudo em ciclos de halving.
O famoso analista Benjamin Cowen afirmou que o preço do BTC pode sofrer correção de até 30% em janeiro nos anos pós-halving, citando tendências históricas. Pelo menos em duas ocasiões o preço chegou a cair 25% e 33% no primeiro mês do ano.
Cowen observou que a banda de suporte do mercado de alta continuou a subir à medida que o preço do BTC se consolida em torno dos níveis de US$ 94.000. A média de 20 semanas está atualmente um pouco acima de US$ 81.000, enquanto a de 21 semanas está um pouco acima de US$ 84.000.
Traçando paralelos de janeiro de 2024, Cowen afirmou que o preço do BTC pode passar por alguns meses de consolidação antes de se recuperar fortemente. Enquanto isso, há toda a possibilidade de grandes quedas ocorrerem como forma de correção.
