Sem nenhuma variação, o Bitcoin hoje continua acima dos US$ 109 mil e os traders seguem lutando para romper novas máximas. Nesta quarta-feira (11), a criptomoeda ficou estável e abriu o dia valendo US$ 109.324, de acordo com dados do CoinGecko.
O motivo para essa estabilidade no preço do Bitcoin está nos dados de inflação dos EUA medidos pelo CPI, que vão sair na tarde desta quarta. Dessa forma, os traders vão ficar de olho nos números e aí, sim, decidir o que fazer em relação a criptomoeda.
Há duas expectativas possíveis e vamos analisar o resultado de cada uma delas hoje.
Preço do Bitcoin hoje depende do CPI
A trajetória do preço do BTC tem sido uma montanha-russa. De fato, o preço caiu mais de 10% desde que atingiu sua máxima histórica em 21 de maio. No entanto, após chegar no fundo de US$ 100.305, o BTC se recuperou e voltou a subir forte nos últimos dois dias.
O dia de maior tensão foi 06 de junho, quando as rusgas entre Elon Musk e Donal Trump começaram. Como resultado, houve uma liquidação brutal que apagou quase US$ 1 bilhão em posições compradas no mercado. Foi ali que o Bitcoin atingiu seu fundo antes de se recuperar.
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Após esse topo, o preço do BTC criou um doji em forma de libélula no gráfico diário da terça-feira (10). Este é um padrão de candlestick de reversão de topo, sinalizando uma possível correção. Essa configuração técnica, aliada à alta de US$ 75 bilhões na abertura de posições do Bitcoin, sugere que os traders estão se posicionando para um movimento significativo.
O relatório de inflação de maio de 2025 deve esclarecer como as políticas tarifárias do presidente Donald Trump impactaram as tendências de preços nos EUA. Analistas da TD Securities preveem um aumento mensal de 0,23% no CPI. Já a inflação geral pode chegar a 2,4% na comparação anual devido a uma queda significativa nos preços do gás.
“Sinais de repasse de tarifas começam a surgir, sugerindo potenciais pressões inflacionárias decorrentes de políticas comerciais. O CPI subjacente, que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, é projetado em 2,9% na comparação anual”, disseram os analistas.
Dependendo de como os dados de inflação dos EUA se apresentarem – mais quente, mais frio ou como esperado –, isso pode influenciar o sentimento do investidor e a trajetória de preço do BTC.
CPI acima do esperado
Se o CPI subjacente vier acima de 0,23% na comparação mensal, isso pode sinalizar uma inflação persistente, potencialmente levando a uma resposta agressiva do Federal Reserve (Fed). Ou seja, o banco central dos EUA pode adiar mais uma vez o aguardado corte na taxa de juros do país.
Isso pode reduzir o apetite ao risco, desencadeando uma liquidação no preço do Bitcoin e de outros ativos de risco. Nesse caso, o BTC pode cair e testar os níveis de suporte do Bitcoin em US$ 105.600, uma zona crítica de suporte. Uma correção mais profunda pode atingir US$ 104.700, onde se encontra um ponto de controle nu (nPOC).
De acordo com a ferramenta FedWatch, praticamente 100% dos analistas de mercado acreditam que o Fed não vai cortar as taxas de juros na próxima reunião agendada para 18 de junho.
CPI abaixo do esperado
Uma leitura do CPI abaixo de 0,23% pode aliviar os temores de inflação, fomentando uma perspectiva mais flexível do Fed e impulsionando os ativos de risco. Nesse cenário, aumentariam as chances do banco central fazer um corte na taxa pelo menos na reunião de 30 de julho.
Se isso acontecer, o preço do Bitcoin hoje pode se recuperar além de sua máxima recente de US$ 110.653, potencialmente testando novamente a máxima histórica de US$ 112 mil ou subindo ainda mais.
