Após cair abaixo de US$ 80.000, registrar a mínima do ano e se recuperar, o preço do Bitcoin (BTC) registrou mais uma queda. Com perda de 2,4% nesta terça-feira (11), o BTC caiu para US$ 81.874 e acumula perdas de 15% nos últimos 30 dias.
Na última segunda-feira (10), o BTC chegou a cair abaixo de US$ 78.000, estabelecendo sua menor cotação em 2025. Como resultado, o preço ficou quase 40% abaixo de sua máxima histórica. E como o ano pós-halving geralmente apresenta recordes de preço, esse desempenho é ainda mais preocupante.
Entre as criptomoedas do Top 10, a maior queda ficou com o Ethereum (ETH), cujo preço desabou 7,7% e caiu abaixo de US$ 2.000. Essa queda também trouxe preocupações e resultou na liquidação de vários protocolos de finanças descentralizadas (DeFi).
Preço do Bitcoin pode corrigir até US$ 69.000
O analista Ali Martinez descreveu níveis críticos de preço para o Bitcoin, sugerindo a importância de manter o suporte atual de US$ 80.000. Em outras palavras, o BTC precisa manter o nível de preço para evitar novas correções.
No entanto, Martinez alertou que uma queda abaixo desse nível pode abrir a porta para um declínio ainda maior no preço do Bitcoin. Se isso acontecer, o analista prevê que a criptomoeda pode cair até US$ 69.000, o próximo nível de suporte significativo. Isso representaria uma queda de quase 15% frente ao preço atual.
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Rafael Bonveti, analista da Bitget, segue a mesma linha. Para ele, o Bitcoin segue sob forte pressão vendedora, respeitando o cenário baixista. Isso deve continuar enquanto o preço permanecer abaixo das principais resistências. Hoje, a primeira delas está na região de preço de US$ 83.557.
“Os níveis críticos de suporte a serem observados estão em US$ 78.200 (mínima de fevereiro), US$ 77.500 e US$ 75.327, com US$ 75.000 sendo um alvo chave devido à confluência de fatores técnicos. Caso a pressão vendedora continue, o BTC pode testar suportes mais profundos em US$ 72.180 e US$ 69.000”, disse Bonveti.
Pelo lado positivo, os grandes investidores seguem comprando BTC mesmo com a correção no preço. Conforme noticiou o CriptoFácil, as baleias adquiriram US$ 450 milhões em BTC nos dias que sucederam a correção.
Liquidação do Ethereum prejudica DeFi
A plataforma DeFi Sky (antiga Maker) foi uma das mais prejudicadas com a forte queda de preço do ETH. Com a queda da criptomoeda abaixo de US$ 2.000, o protocolo se viu em dificuldades com uma de suas garantias.
De acordo com dados do próprio site oficial, a Sky fez um empréstimo de US$ 67 milhões na stablecoin DAI e deixou como garantia 65.680 ETH. Até a manhã desta terça-feira, o valor total correspondia a US$ 130 milhões.
Em um dia já fraco para os mercados de criptomoedas, o ETH chegou a cair quase 10% e atingir a mínima de US$ 1.820. Com isso, o preço ficou abaixo do nível de liquidação do empréstimo, que era um pouco acima de US$ 1.900. Isso deixou a Sky em uma situação complicada, pois o protocolo teria que vender parte dos ETH na baixa.
Dados de blockchain do Debank mostram que foi justamente isso que aconteceu. A Sky sacou 2.000 ETH, no valor de quase US$ 4 milhões a preços atuais, de sua conta na Bitfinex na segunda-feira. Em seguida, o protocolo depositou os ativos no cofre do Maker, sustentando a garantia do empréstimo para evitar a liquidação.
Como os preços do ETH continuaram a cair, o protocolo sacou mais US$ 1,6 milhão em USDT da Binance, trocou para DAI e depositou para o Maker para reduzir a dívida para US$ 73,1 milhões. Mas à medida que o preço subiu e ficou acima de US$ 1.900 novamente, a situação se equilibrou e o risco de liquidação diminuiu.
