Assim como ocorreu na segunda-feira (9), o preço do Bitcoin (BTC) voltou a abrir em queda e teve perdas de 0,8% nesta terça-feira (10). De acordo com o CoinGecko, o preço do BTC chegou a US$ 97.819 ao longo das últimas 24 horas
Como resultado, todas as criptomoedas do Top 10 voltaram a registrar perdas. Quem liderou as quedas do dia foi a Cardano (ADA), com perdas de 8,1%, seguida pela queda de 6,5% da XRP. Já no Top 100 as perdas também foram predominantes, mas o token MOVE se destacou e subiu 32%. Por outro lado, a GALA caiu 13,4% e liderou as perdas do dia.
Holders de curto prazo em alta
Para Fernando Pereira, um dos motivos da queda recente do BTC é o aumento das compras por parte de investidores de curto prazo. Ou seja, aqueles que adquiriram BTC em um período de até 155. Este aumento se mede pelo Total Supply Held by Short-Term Holders [BTC], que seguem aumentando suas posições (linha laranja do gráfico abaixo).
“Esse grupo de investidores tende a ser mais sensível às mudanças de preço, o que pode influenciar as dinâmicas de oferta e demanda no mercado. Agora, temos um numero bem elevado da oferta nas mãos dos investidores de curto prazo”, afirma Pereira.
Atualmente, os holders de curto prazo possuem 3,5 milhões de BTC, o que é maior do que o recorde anterior de 3,2 milhões de BTC. Curiosamente, a marca anterior também surgiu em um momento de alta, que foi quando o BTC atingiu US$ 74.000 em março.
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“Diante de tal informação, temos de ficar atentos devido a ter tanta oferta nas mãos de investidores inexperientes, que não conseguem administrar perdas de maneira profissional. Esses investidores têm um padrão de realizar prejuízo quando uma correção acontece, vendendo puramente por pânico. Isso pode causar uma pressão vendedora muito forte e trazer correções mais severas para o BTC”, alertou Pereira.
ETFs seguem acumulando
Por outro lado, os grandes investidores de longo prazo também seguem acumulando BTC. A MicroStrategy, por exemplo, adicionou mais 21.550 BTC ao seu caixa na segunda-feira (9), e os ETFs também continuam embolsando mais BTC.
Entre os fundos, o ETF de Bitcoin da BlackRock (IBIT) decidiu ignorar a volatilidade do mercado de criptomoedas. Na segunda-feira, o fundo registrou entradas de US$ 358 milhões. No total, o fundo adicionou mais de 4.000 BTC, de acordo com dados da Farside Inverstors.
Além de adquirir mais BTC, o volume diário de negociação do IBIT de ontem também subiu, atingindo US$ 3 bilhões. Ou seja, a demanda pelas cotas do ETF (e, por associação, pelo BTC) segue em alta. Como os ETFs são a principal forma de exposição para investidores institucionais, isso indica a presença de uma sólida demanda de longo prazo.
O BlackRock Bitcoin ETF testemunhou fortes entradas, ultrapassando US$ 3,1 bilhões apenas nos últimos sete pregões. Como resultado, as entradas líquidas para o IBIT desde seu lançamento subiram para US$ 34,7 bilhões. O ETF também ultrapassou a marca de US$ 50 bilhões, um feito histórico.
Para efeito de comparação, o maior ETF de ouro (GLD) levou aproximadamente 5 anos e meio para atingir o mesmo feito. Isso significa que apesar da correção de curto prazo, a demanda de grandes investidores segue bem estabelecida.
