Pelo terceiro dia consecutivo, o Top 10 das criptomoedas registrou fortes baixas oriundas da recente correção. De acordo com o CoinGecko, o Bitcoin (BTC) teve perdas de 2,6% e caiu para US$ 93.511. Com essa queda, a criptomoeda já acumula baixa de 3,3% na semana e 4,4% em janeiro.
A maior desvalorização foi da Cardano (ADA), cujo preço caiu 8,8%, e a Dogecoin (DOGE) teve perdas de 5,9%. O Ethereum (ETH), por sua vez, se desvalorizou 0,9% e seu preço abriu o dia valendo US$ 3.313. No Top 100, a memecoin AI16Z também seguiu em forte queda e liderou as perdas do dia, caindo mais de 19%.
Já as liquidações do mercado tiveram uma redução, mas ainda somaram US$ 491 milhões em posições fechadas. A maior parte (US$ 343 milhões) veio de posições compradas, das quais somente o Bitcoin respondeu por US$ 142 milhões. O ETH liquidou US$ 88 milhões e ocupou a segunda posição.
Com as novas correções, o otimismo dos traders com a valorização do BTC também diminuiu, refletindo na queda de nove pontos do Crypto Fear & Greed Index, que saiu de 78 para 69. Ou seja, deixou o terreno da “ganância extrema” e caiu para “ganância“. E alguns modelos já apostam que valorizações expressivas do Bitcoin não devem ocorrer em 2025.
Bitcoin valendo US$ 1 milhão… em nove anos
A chegada do Bitcoin aos US$ 100 mil em 2024 elevou as expectativas em relação a 2025 – talvez de forma exagerada. Muitas análises foram além do otimismo e pregaram que o BTC atingiria US$ 1 milhão já neste ciclo.
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Mesmo agora, com o mercado em baixa, previsões de preços mais ousadas e extravagantes são compartilhadas no mercado. Algumas aumentam os sentimentos dos entusiastas de criptomoedas e outras espalham o medo de uma queda. No entanto, a Quantile tentou estimar quando o BTC atingirá US$ 1 milhão. E, segundo eles, isso não ocorrerá em 2025.
O novo modelo Quantile Bitcoin descarta tais previsões otimistas em excesso. Sua perspectiva estatística afirma que a possibilidade do BTC chegar em US$ 1 milhão em 2025 é “extremamente baixa“.
As descobertas reconhecem o desempenho do preço do BTC e seu crescimento exponencial, mas também questionam a viabilidade dessa meta de seis dígitos. Para a Quantile, o BTC só conseguirá atingir essa marca após o ano de 2030, com maior probabilidade disso acontecer em 2034.
Sobre a análise
De acordo com a empresa, a análise de regressão quantílica considera a adesão do Bitcoin às tendências da lei de potência (uma análise de mais de dez décadas). Ela sugere que o caminho para US$ 1 milhão requer uma valorização no nível de 2017, quando o preço subiu mais de 1.300%.
Embora isso não esteja fora do histórico do Bitcoin, a Quantile diz que este cenário caracterizaria um “forte movimento de bolha“. Como resultado, poderia haver uma grande correção dada a insustentabilidade de tal valorização em um período muito curto.
Mais importante, pelo menos um desvio padrão de 4σ é necessário para que o preço do BTC atinja US$ 1 milhão em 2025. Só que as tendências históricas revelam que a criptomoeda flutua apenas entre -1σ e +2σ.
“Para atingir US$ 1 milhão em 2025, seria necessária uma excursão de bolha de 1,0 no logaritmo, um fator multiplicativo de 10 do preço atual, e em termos de logaritmo isso é 1/0,24, que é maior do que quatro desvios padrão (> 4 σ). Ao longo do histórico de preços do Bitcoin, não vimos isso nem uma vez, nem vimos 3 σ, e os preços permaneceram esmagadoramente na faixa de -1 σ na descida e +2 σ no máximo na subida”, disse a empresa.
