O mercado de criptomoedas abriu de forma atípica nesta terça-feira (8): somente a Dogecoin (DOGE), com queda de 1%, teve um movimento de destaque. Com exceção dela, nenhuma criptomoeda teve desempenho maior do que 0,1%. Em outras palavras, a grande maioria do Top 10 abriu com os preços literalmente estáveis. O preço do Bitcoin hoje, por exemplo, valorizou 0,1% durante a madrugada e voltou a ficar acima dos US$ 108 mil. Precisamente, a criptomoeda abriu o dia valendo US$ 108.756 por unidade.
Já no Top 100, as desvalorizações predominaram com destaque para a queda de 15,7% da TKX e de 7,1% na FARTCOIN. Em contrapartida, a maior alta (XDC) atingiu somente 1,7%. Mais de 80% das 100 maiores criptomoedas abriram o dia em baixa.
As liquidações no mercado de derivativos atingiram US$ 172 milhões, de acordo com o Coinglass. Cerca de US$ 113 milhões foram em posições vendidas, ao passo que US$ 59,7 milhões foram de posições compradas. As liquidações de Bitcoin lideraram o dia, seguidas de perto pelas de Ethereum (ETH).
“Analisando o Bitcoin em um panorama de curto prazo, para a tendência do ativo observamos uma estrutura de alta mantida, com consolidação entre US$ 107 mil e US$ 110.500. O rompimento da faixa de US$ 110.500 pode acelerar a alta para US$ 115 mil a US$ 123 mil ainda nesse mês. Porém a perda do patamar de US$ 107 mil pode gerar liquidações e buscar suportes em US$ 105.200 e US$ 102.265″, disse Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil.
Bitcoin hoje: Guerra tarifária segue no radar
Recentemente, a China alertou o governo Trump sobre o aumento das ameaças tarifárias, o que tem perturbado os mercados globais. No final de semana, o presidente americano afirmou que imporia tarifas adicionais de 10% a qualquer país ligado ao grupo dos BRICS.
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Como a China é uma das lideranças do grupo, a ameaça ressoou em Pequim. No entanto, Trump adiou para 01 de agosto a imposição de tarifas para os países que ainda não fecharam acordo com os EUA.
Essa ameaça aos BRICS, juntamente com a crescente especulação sobre a dissociação econômica, também tem perturbado os investidores. Trump também anunciou imposição de tarifas de 25% sobre as importações do Japão e da Coreia do Sul, citando o que descreveu como “práticas comerciais desleais”.
Além disso, o analista de criptomoedas Ali Martinez revela que mais detentores de Bitcoin de longo prazo estão começando a lucrar com os ganhos recentes. Ou seja, as vendas de Bitcoin seguem em alta, alimentando especulações sobre uma potencial desaceleração do mercado de criptomoedas como um todo.
Os investidores em criptomoedas estão vendendo?
Apesar da queda atual, vários analistas de mercado permanecem otimistas em relação ao Bitcoin e outras criptomoedas. O analista técnico conhecido como “Sr. Wall Street” aponta para uma cunha descendente crescente se formando entre a faixa de US$ 90.000 e US$ 110 mil no Bitcoin, um padrão historicamente associado à acumulação e eventual alta.
Um analista destacou que métricas importantes como o Valor de Mercado sobre Valor Realizado (MVRV, na sigla em inglês) ainda estão abaixo de seus níveis mais altos. Em mercados de baixa, o MVRV-Z-Score costuma ultrapassar o nível de 8, mas agora está pouco acima de 2, indicando terreno neutro e com mais espaço para novas altas.
O aumento contínuo da liquidez global sugere que o mercado de alta ainda não acabou. De fato, o Sr Wall Street acredita que os preços podem subir acima de US$ 117 mil e potencialmente atingir entre US$ 140 mil e US$ 170 mil.
Quanto às supostas transferências de grandes investidores, o analista explica que essas grandes transferências eram apenas ajustes internos, não vendas. E por conta dessa natureza, tendem a não impactar o preço do Bitcoin.