Após fechar a semana com leve alta de 1%, o Bitcoin hoje, dia 5 de maio, caiu 1,4% e seu preço abriu em US$ 94.140. Foi a terceira queda diária consecutiva, visto que o BTC já acumulava queda desde a sexta-feira (02), mas conseguiu fechar a semana no positivo.
Essa queda no preço do Bitcoin fez o Top 10 abrir o dia no vermelho, com destaque para a queda de 2,9% da Cardano e 1,7% da Dogecoin (DOGE). O Top 100 também abriu com preços no negativo em sua maioria, com o token TKX caindo 4,8% e liderando as perdas do dia. Já o VIRTUAL continuou sua trajetória positiva e abriu em alta de 8,6%.
Agora, os analistas projetam que a queda do Bitcoin pode fazer voltar a correlação do preço com as ações. E nesse cenário, o famoso analista Tom DeMark projeta que a criptomoeda pode ter uma queda de 20%.
Tom DeMark, criador do indicador TD Sequential e consultor técnico de confiança de grandes fundos de hedge, emitiu um novo alerta: um topo no mercado de ações dos EUA é iminente e pode dar lugar a um mercado de baixa em poucos meses. E isso pode impactar o preço do Bitcoin.
DeMark ficou conhecido por sua previsão do topo do mercado em fevereiro. Além disso, ele acertou a queda e o piso do índice de ações S&P 500 em abril. Agora, DeMark afirma que o índice está mostrando sinais claros de exaustão.
Sua análise destaca que mais duas máximas de fechamento no S&P 500 completariam um ciclo de exaustão de nove contagens, um sinal historicamente confiável para reversão de tendência. Quando isso ocorrer, DeMark espera que o S&P 500 caia abaixo de 4.835, a mínima intradiária de abril.
Ou seja, o índice pode ter uma queda de mais de 20% em relação às máximas de fevereiro. “Um topo é iminente. Muitos danos técnicos já foram causados”, disse DeMark.
O Bitcoin poderia se beneficiar caso se distanciasse do movimento das ações. Mas DeMark afirma que a correlação do preço do Bitcoin com os mercados tradicionais pode voltar e ameaçar o rali de alta da criptomoeda.
Em 19 de fevereiro, quando a China impôs tarifas retaliatórias e os mercados globais despencaram. Mas o Bitcoin segurou essa queda num primeiro momento, chegando a menos de 0,3 de correlação com o S&P 500. Quanto mais distante de 1, menor a correlação entre dois ativos ou índices.
Na época, o BTC atuou como um hedge parcial, desvinculando-se das ações. No entanto, houve uma flexibilização da postura do presidente Donald Trump em relação às tarifas, além da pressão agressiva por cortes nas taxas de juros. Esses fatores levaram o mercado acionário a se recuperar.
Como resultado, a correlação BTC/S&P 500 disparou, atingindo 0,82 no momento da publicação. Isso implica que o Bitcoin pode agora responder mais diretamente aos movimentos das ações dos EUA do que no início deste ano. Se a previsão de DeMark se concretizar, a queda nas bolsas pode afetar o BTC.
Dados históricos mostram que o Bitcoin frequentemente se beneficia da instabilidade global e do afrouxamento monetário. Por outro lado, se a queda do S&P 500 decorre de risco sistêmico, como recessão, contágio financeiro ou choque energético, o Bitcoin pode não ser poupado. Em tais cenários, os investidores normalmente fogem de ativos de risco em larga escala e o Bitcoin pode seguir o mesmo caminho do S&P 500.