Pelo segundo dia consecutivo, o Bitcoin hoje registra uma forte queda de 4% e dessa vez perdeu o suporte de US$ 60.000. De acordo com o CoinGecko, o preço da criptomoeda chegou na mínima de US$ 57.869 ao longo da manhã desta quinta-feira (04). A queda acumulada do Bitcoin chega a 8% em apenas dois dias.
No Top 10, a Solana (SOL) caiu mais de 8% e liderou as perdas, seguida de perto pela TON e Dogecoin (DOGE). A BNB também caiu forte (5,8%) e seu preço ficou em US$ 525, abaixo de um importante suporte de queda.
Já o Ethereum (ETH) caiu 4,8% e se aproxima do suporte de US$ 3.000, com seu preço atingindo a mínima de US$ 3.175 ao longo da manhã. No Brasil, a cotação do ETH caiu 6,1% e chegou a R$ 17.559, enquanto o BTC teve queda de 6% e vale R$ 320.951. Nenhuma das criptomoedas do Top 10 registrou ganhos.
A situação foi ainda pior no Top 100, que teve apenas a DAI e a stablecoin USDD abrindo o dia com ganhos de 0,2% e 0,4%, respectivamente. No lado das desvalorizações, a BEAM caiu 14,6% e teve a maior queda do dia, enquanto a WIF perdeu 10,5% e a FTM caiu 12,1%.
Preço do Bitcoin hoje
Para muitos analistas, o cenário atual já se configura um bear market para as criptomoedas. E os dados de mercado tendem a confirmar essa avaliação, pois, de acordo com a Coinglass, o mercado teve liquidações de US$ 300 milhões nas últimas 24 horas.
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O valor corresponde a quase o dobro das liquidações que ocorreram na quarta-feira (03). Além disso, mais de 102 mil traders sofreram liquidações, com a maior delas resultando numa perda de US$ 4 milhões em ETH na OKX.
De acordo com o Coinglass, US$ 250 milhões atingiram posições compradas e US$ 50 milhões em posições vendidas. Ou seja, o ciclo de mercado está bem menos favorável para o lado comprador. Como resultado dessa queda, as criptomoedas perderam mais de US$ 90 bilhões nas últimas 24 horas.
Enquanto isso, mais de 17.500 opções de BTC com valor nocional de US$ 1,02 bilhão estão prestes a expirar, com uma relação put-call de 0,76. O ponto máximo de dor é US$ 62.500, indicando que o preço do Bitcoin permanecerá sob pressão de liquidação.
Notavelmente, a relação put/call nas últimas 24 horas subiu para mais de 1,09, com volume de opções de venda acima de 17.200 e volume de chamadas perto de 15.793. Isso indica que os traders de opções se tornaram altamente pessimistas em relação ao Bitcoin.
Efeito Coreia do Sul
Outro motivo para a forte queda no BTC foi repressão regulatória na Coreia do Sul, um dos mercados mais ativos na negociação de criptomoedas. O Serviço de Supervisão Financeira da Coreia do Sul declarou nesta quinta-feira que vai desenvolver um sistema para aumentar a supervisão e monitorar atividades incomuns de negociação de criptomoedas.
As exchanges serão notificadas e deverão fornecer dados para alimentar o sistema, bem como detalhes a respeito dos clientes. Essa medida faz parte da Lei de Proteção ao Usuário de Ativos Virtuais, que entrará em vigor em 19 de julho.
Em junho, essa nova lei gerou pânico no mercado sul-coreano depois que usuários espalharam rumores de que as exchnages do país fariam uma exclusão em massa de criptomoedas. A Digital Asset Exchange Alliance (DAXA) da Coreia do Sul negou essa informação, mas confirmou que vai investigar pelo menos 1.300 tokens.
