Em um verdadeiro movimento de gangorra, as criptomoedas recuperaram praticamente todas as perdas nesta terça-feira (04). Depois de cair quase 10%, o Bitcoin (BTC) subiu e chegou a encostar nos US$ 103 mil, mas voltou a recuar e abriu o dia com alta de 3,6%. De acordo com o CoiGecko, o preço da criptomoeda abriu o dia cotado a US$ 98.591.
A recuperação se deu após Estados Unidos e México firmarem um acordo envolvendo a “guerra tarifária” imposta pelo presidente Donald Trump. Contudo, após a China retaliar os EUA e anunciar tarifas de até 15% em importações de produtos do país norte-americano, o Bitcoin voltou a perder o patamar dos US$ 100.000, mas segue em alta nas últimas 24 horas.
Como resultado da alta do BTC, as criptomoedas do Top 10 também valorizaram. O XRP, por exemplo, subiu 6,6% e teve a maior alta do dia, seguida pela Cardano (ADA) e pelo Ethereum (ETH), que subiram 5,2% e 4,9%, respectivamente. No Top 100, a memecoin TRUMP abriu em queda de 6% e liderou as perdas do dia, com a RAY seguindo o lado oposto e registrando alta de 14%.
Depois de registrar a maior liquidação da história, o mercado se acalmou e viu o total de posições liquidadas cair em quase 80%. Foram US$ 481 milhões liquidados nesta terça-feira, de acordo com o Coinglass, dos quais US$ 116 milhões vieram do Bitcoin. Outros US$ 112,9 milhões vieram de posições compradas (long) no ETH.
No entanto, a taxa de financiamento perpétuo (em inglês, perpetual funding rate) trouxe otimismo ao mercado, chegando a patamares que apontam para uma retomada no rali de alta do Bitcoin.
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Taxa de financiamento prevê continuidade da recuperação do Bitcoin
A taxa de financiamento é uma taxa recorrente coletada dos traders para manter o preço de um contrato perpétuo e o preço à vista do ativo subjacente. Essa taxa varia ao longo do tempo, mas quando ela está positiva sugere um sentimento otimista. Por outro lado, uma taxa de financiamento negativa indica um sentimento pessimista.
De acordo com o gráfico da CryptoQuant, nas últimas vezes em que a taxa de financiamento de 24 horas ficou negativa, o BTC catalisou uma rápida reversão. Se a história se repetir, a queda recente também pode ser desfeita, e o pico inicial seria apenas uma dica do que vem a seguir.
Além disso, as taxas de financiamento seguem no campo positivo, o que reforça o sentimento de que haverá uma recuperação em breve.
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O que vem a seguir?
Apesar da queda recente e de mais de US$ 8 bilhões em liquidações, a tendência de alta do preço do Bitcoin permanece intacta. Tanto que o preço do ativo se recuperou poucas horas depois e já voltou a se aproximar dos US$ 100 mil.
Embora o BTC tenha chegado a custar US$ 92.500 – uma perda de quase 10% – a recuperação levou a um fechamento diário acima de US$ 97.200, um nível de suporte importante. Enquanto a força compradora seguir defendendo esse nível, os investidores podem esperar que a tendência de alta seja retomada.
A próxima faixa crítica se estende de US$ 101.400 a US$ 105.500, onde o preço do Bitcoin pode enfrentar resistência. Se a força compradora conseguir fazer o preço escapar da máxima histórica de US$ 110 mil, pode impulsionar o BTC para um novo topo histórico em US$ 123 mil.
