Cumprindo mais uma promessa de campanha, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump impôs uma série de tarifas comerciais ao Canadá, México e China, abalando o preço do Bitcoin e das demais criptomoedas. No sábado (1°), Trump impôs tarifas de 25% sobre produtos importados do Canadá e do México, e 10% sobre as importações vindas da Chinas.
O mercado não gostou da notícia, pois muitos entendem que isso pode iniciar uma “guerra tarifária” caso os países decidam retaliar as tarifas. Como resultado, as criptomoedas registraram fortes perdas na abertura desta segunda-feira (03). O Bitcoin (BTC) chegou a cair quase 10% e chegar no fundo de US$ 93.000, apesar de ter fechado janeiro com alta de 11%.
Essa queda resultou num total de US$ 2,3 bilhões em liquidações, o maior recorde diário na história das criptomoedas. O BTC sozinho liquidou US$ 464 milhões, mas a maior perda ficou com o Ethereum (ETH), que liquidou US$ 614 milhões. Essas quedas foram tão severas que superaram as liquidações do Coronacrash, quando o BTC perdeu 50% do seu valor em um único dia.
Os mercados tradicionais também sentiram o impacto das novas tarifas impostas por Trump. Nas bolsas, o índice Dow Jones Futuro abriu em queda de 1,26% nesta segunda-feira, enquanto o S&P registra perdas de 1,43%. Já o índice de tecnologia Nasdaq cai 1,69% e o japonês Nikkei registra queda de 2,6%.
Bitcoin perde os US$ 100 mil
Entre as quedas do Top 10, o ETH e o XRP caem mais de 15% e lideram os maus desempenhos do dia. Por outro lado, o Bitcoin caiu cerca de 4% nesta segunda-feira, mas chegou a perder quase 10% ao longo do final de semana.
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Em janeiro, o BTC fez história ao registrar seu primeiro fechamento mensal acima de US$ 100.000. Mas o efeito otimista durou pouco à medida que a correção fez o BTC cair para as mínimas de US$ 92.000.
No momento em que este artigo foi escrito, o preço do Bitcoin estava em US$ 95.219, queda de 3,6% em 24 horas. A mínima e a máxima intradiárias do BTC foram US$ 91.242,89 e US$ 100.485,89, respectivamente.
Apesar da forte queda, a dominância do Bitcoin em relação às altcoins subiu 2,76% e chegou a 61,38%. Tal desempenho se confirma pela forte queda das altcoins: todas as maiores quedas do mercado superaram 20%, com a Filecoin (FIL) caindo 25% e o token da Arbitrum (ARB) em queda de 22,9%.
Notavelmente, essa perspectiva alimentou uma liquidação combinada de US$ 2,31 bilhões, a maior da história do mercado. Desse total, US$ 1,9 bilhão liquidaram posições compradas (long).
Esse valor é maior do que a liquidação anterior de US$ 1,1 bilhão, que arrastou o BTC de uma máxima de US$ 108.000 para US$ 95.587,68 e estabeleceu um novo recorde histórico para todo o mercado.
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