Após a forte queda no primeiro dia de dezembro, o Bitcoin (BTC) se estabilizou nesta terça-feira (02). Seu preço subiu para US$ 87.390, registrando leve alta de 1,2% nas últimas 24 horas. Essa estabilização ocorreu após o Federal Reserve (Fed) injetar US$ 13,5 bilhões no mercado, acabando oficialmente com o aperto quantitativo (QT).
No entanto, a maior parte do Top 10 abriu em queda. A única exceção foi a BNB, que subiu 1,1%, mas o Ethereum (ETH) teve queda de 0,6% e o XRP perdeu 1,4% do seu valor. Entre as criptomoedas do Top 100, a SKY liderou os ganhos do dia com alta de 5,5% e a Zcash (ZEC) caiu 9,4%.
Outros destaques do dia ficaram com o token da Monad, cujo preço subiu 34% e deu continuidade ao seu rali de alta. Além disso, a memecoin PIPPIN disparou 42% apenas nesta terça-feira, ampliando seus ganhos para 221% na semana. Em 2025, a memecoin foi um dos grandes destaques de 2025, já que sua alta chegou a 863% no acumulado do ano.
Houve dois fortes picos de alta, um no início de janeiro e outro neste final de ano. Curiosamente, a PIPPIN está fazendo um movimento que muitos traders esperavam no preço do Bitcoin, algo que demonstra uma clara rotação de capital. A estagnação das principais criptomoeda levou os traders a voltarem seus olhos para opções que consideram mais promissoras.

Bitcoin hoje: Fed injeta “liquidez noturna”
Na madrugada desta segunda-feira (01), o banco central dos Estados Unidos (Fed) injetou US$ 13,5 bilhões no sistema bancário. Esta operação ocorreu por meio de acordos de recompra overnight, o que marcou o fim do aperto quantitativo (QT).
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De fato, a operação desta noite foi a segunda maior injeção de liquidez desde o início da pandemia de Covid-19, quando o Fed emitiu quantidades massivas de dinheiro. Nem mesmo durante a bolha pontocom dos anos 2000 o banco central fez uma operação de overnight tão grande quanto essa.
Vale ressaltar que isso ocorre após outra injeção de liquidez de US$ 25 bilhões realizada pela manhã. As garantias incluíam US$ 12,5 bilhões em títulos do Tesouro e US$ 12,5 bilhões em títulos lastreados em hipotecas. Ou seja, o Fed injetou quase US$ 40 bilhões no sistema financeiro em menos de 24 horas.

E o QT realmente acabou. No dia 31 de outubro, o FED injetou US$ 29,4 bilhões no sistema bancário para aliviar as preocupações com a liquidez. Esta foi a maior injeção de liquidez desde o início da pandemia de Covid-19.
Normalmente, isso seria positivo para ativos de risco como o Bitcoin, mas apenas se essa liquidez entrasse na economia. Só que não foi o que aconteceu: a maior parte desse dinheiro ficou nos bancos. Dados do próprio Fed revelam que os bancos estavam buscando desesperadamente liquidez de curto prazo em meio ao estresse causado pela paralisação prolongada do governo.
Mercado repo e análise do Bitcoin
O mercado de recompra (repo) fornece financiamento de curto prazo para dealers primários e bancos. A demanda por operações de recompra geralmente aumenta quando a liquidez está escassa e os balanços patrimoniais estão pressionados. E pelo menos por enquanto, nada disso causou impactos significativos para o Bitcoin.
“Olhando para o lado técnico, o Bitcoin está em um movimento de recuperação a partir de uma zona de sobrevenda extrema, lutando para retomar a faixa de US$ 90.000. O BTC está negociando muito abaixo das médias de 100 e 200 dias no gráfico diário, mantendo o viés de baixa no médio prazo. A recuperação de US$ 81.500 para US$ 86.000 é um sinal de força de compra em patamares baixos, mas não uma inversão de tendência. No curto prazo, o BTC deve tentar se consolidar entre US$ 85.000 e US$ 90.000”, disse Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil.

