A tendência dominante dos últimos dias – queda do Bitcoin (BTC) e valorização das altcoins – se inverteu nesta terça-feira (02). Os desempenhos do Top 10 foram mistos, mas o Bitcoin hoje valorizou 1,5% e voltou a ficar acima de US$ 110 mil.
Com relação às outras nove criptomoedas, o desempenho foi misto. Pelo lado positivo, a Solana (SOL) teve alta de 2% e voltou a romper a resistência de US$ 200. O preço da XRP valorizou 0,7% e abriu o dia valendo US$ 2,81. Já no campo negativo a Dogecoin (DOGE) caiu 1,4% e liderou as perdas do Top 10.
Entre as criptomoedas do Top 100, o token ligado a Donald Trump (WLFI) abriu o dia com perdas de 10,4%. Ele chegou a estrear entre as 30 maiores criptomoedas em valor de mercado, mas caiu para a 32ª posição. Seu preço caiu de US$ 0,32 para cerca de US$ 0,25, de acordo com o CoinGecko.
Quanto ao preço do Bitcoin, um dos catalisadores da alta de hoje foi um estudo da River mostrando que as empresas estão Bitcoin a uma taxa quatro vezes maior que a mineração. Ou seja, um ritmo que pode levar a uma grande escassez de BTC quando os investidores de varejo também começarem a ampliar suas compras.
“Você sempre fala que não vai ter Bitcoin para todo mundo quando as pessoas quiserem. E agora, com o apetite institucional, isso ficou muito claro. Você está emitindo menos Bitcoin do que é demandado e isso naturalmente vai causar uma busca pelo Bitcoin que está sendo negociado e eleva os preços naturalmente”, disse André Franco, CEO da Boost Research.
Bitcoin hoje mira US$ 111 mil
Têm sido semanas difíceis para o Bitcoin em termos de preço. O ativo atingiu o pico de mais de US$ 124 mil em 14 de agosto, mas desde então chegou a cair mais de 10%. Seu fundo de preço ocorreu na segunda-feira (01), quando o Bitcoin chegou a cair para US$ 107.300.
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Em 22 de agosto, o BTC perdeu mais de US$ 12.000 em valor antes de disparar para US$ 117.500 após o discurso de Jerome Powell em Jackson Hole. Na sua fala, Powell afirmou que o Federal Reserve (Fed) pode cortar os juros na reunião de setembro, o que animou os mercados
No entanto, essa foi uma recuperação de curta duração, seguida por mais retrações. Pelo quarto ano seguido, o Bitcoin fechou agosto no vermelho – uma queda de 6,49% neste ano. As expectativas para setembro também não são positivas, pois este costuma ser o pior mês para o Bitcoin.
Pelo lado positivo, o BTC registrou fechamento positivo para o mês de setembro nos últimos dois anos. Em 2024, a valorização do Bitcoin para o mês chegou a quase 8%. Além disso, os analistas estão otimistas quanto ao corte de juros: 91% esperam que o Fed corte as taxas em 25 pontos-base (0,25%) na reunião do dia 17 de setembro.
Estreantes no Top 100: token M dispara 30%
Por fim, a maioria das criptomoedas do Top 100 abriu o dia no vermelho. O token CRO perdeu mais 3,5% nas últimas 24 horas e segue corrigindo sua forte alta. O ativo caiu mais de 30% desde que atingiu US$ 0,38 na semana passada, o maior preço desde 2021.
Tokens como XDC e FIL caíram mais de 4% e a memecoin TRUMP sofreu perdas de 5,6%. O token do World Liberty Foundation (WLFI) rendeu uma fortuna à família Trump, mas seu preço caiu 10,4%. Ele entrou no Top 10, mas teve a maior desvalorização do dia.
Por outro lado, o token MemeCore (M) também entrou no Top 100 nas últimas 24 horas. Ao contrário do WLFI, o M registrou uma forte alta de 30%, que elevou seu preço para mais de US$ 0,82. Lançado em 3 de julho, o token já acumulou mais de 700% de valorização.
O valor total do mercado de criptomoedas aumentou cerca de US$ 30 bilhões desde ontem e agora está em pouco mais de US$ 3,9 trilhões.