O Bitcoin (BTC) fechou maio com ganhos de 11% e teve seu melhor resultado para o mês desde 2019. Além disso, a criptomoeda teve o maior fechamento mensal da história, pois se manteve acima de US$ 105 mil em 31 de maio. Foi a primeira vez que o preço do Bitcoin teve um fechamento mensal acima de US$ 100 mil. Só que o preço do Bitcoin hoje sofreu correção e caiu abaixo de US$ 104.500.
Isso significa que apesar da marca positiva, a criptomoeda ainda tem como grande desafio superar a zona de US$ 110 mil.
De acordo com o analista Wellington Silva, o nível de preço para este ciclo continua sendo a região de US$ 140 mil. Já Guilherme Prado, country manager da Bitget, destaca que “no curto prazo, a zona entre US$ 100 mil (suporte) e US$ 108 mil (resistência) deve seguir como área de consolidação“. Se o BTC romper esse nível, a próxima resistência estará na região da máxima histórica – US$ 112 mil.
“Apesar da cautela no curto prazo, o cenário de longo prazo segue construtivo, com adoção institucional e corporativa crescendo. O momento exige atenção redobrada e gestão de risco diante da sensibilidade elevada aos fatores macroeconômicos”, disse Prado.
Entre as 100 maiores criptomoedas, a maior alta do dia ficou com a Flare (FLR), cujo preço subiu 9%, e a Monero (XMR) ficou em segundo lugar com alta de 6,8%. No lado das perdas, a QNT caiu 4% e a TKX teve perdas de 6,2%, liderando as maiores desvalorizações nesta segunda-feira (02).
Preço do Bitcoin hoje: da máxima para a correção
O Bitcoin teve um forte desempenho em maio que culminou com máxima histórica registrada em 22 de maio, na comemoração do 15º Pizza Day. A criptomoeda chegou a romper os US$ 111.900, mas enfrentou correção violenta no dia seguinte, quando o presidente dos EUA, Trump, alertou que a União Europeia (UE) poderia enfrentar tarifas de 50% sob as suas exportações para os EUA.
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Embora as duas partes tenham chegado a algum tipo de acordo e as tarifas tenham sido adiadas por mais de um mês, o BTC não conseguiu recuperar seu impulso. Nos últimos 10 dias, a criptomoeda enfrentou um período de consolidação entre as regiões de US$ 108 mil e US$ 104 mil.
O preço continuou a ser negociado de forma instável até a noite de sexta-feira (30), quando Trump culpou a China por violar o acordo comercial entre os dois países. Pequim respondeu quase imediatamente, e o BTC despencou vários milhares de dólares.
Foi nesse período que o BTC atingiu a mínima de 12 dias, quando caiu para US$ 103.100. No entanto, o preço se recuperou no final de semana e chegou a encostar nos US$ 105 mil em 01 de junho.
Metaplanet faz nova compra de Bitcoin
Enquanto o Bitcoin se consolida, as empresas seguem acumulando. A japonesa Metaplanet confirmou a compra de mais 1.088 BTC para seu caixa, elevando suas reservas totais para 8.888 BTC.
Conforme revelado pelo CEO Simon Gerovich, a empresa adquiriu 1.088 BTC a um preço médio de US$ 107.771 por unidade, resultando em um Bitcoin Yield de 225,4% no acumulado do ano. O desembolso total para essa compra foi de US$ 117,3 milhões, enquanto os 8.888 BTC da empresa foram adquiridos por aproximadamente US$ 829,7 milhões a um custo médio de US$ 93.354 por Bitcoin.
Em resposta a esse acontecimento significativo, o preço das ações da Metaplanet na bolsa de Tóquio teve uma alta notável. No momento da finalização deste texto, o pregão asiático estava encerrado e as ações fecharam em alta 2,62%, valendo 1.095 ienes.
De acordo com o Yahoo Finance, as ações tiveram uma valorização notável de mais de 155% em um mês e quase 214% no acumulado do ano.
