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O Bitcoin (BTC) manteve sua sequência de valorizações e chegou a superar os US$ 97.000. Apesar de um leve recuo, o preço valorizou 0,8% nesta sexta-feira (02) e está cotado a US$ 96.889.
É o segundo dia consecutivo que o preço do Bitcoin registra alta, elevando os retornos de maio para 3,2%. Mas, ao contrário do BTC, o desempenho de outras criptomoedas do Top 10 foi mais expressivo. A Dogecoin (DOGE), por exemplo, teve a maior alta do dia entre as 10 maiores criptos e subiu 1,2%, enquanto a Solana (SOL) caiu 1,1%.
No Top 100, a IMX subiu 11,8% e teve a maior alta do dia, enquanto o token de inteligência artificial FET caiu 8%. Além da valorização e da demanda pelo Bitcoin, os dados de mineração também apontam que o fundo do atual ciclo já chegou.
Além da ação do preço, o maximalista do Bitcoin Robert Breedlove vê uma história mais profunda se desenrolando. O apresentador do podcast What is Money? (O que é Dinheiro?) vê sinais na economia da mineração de Bitcoin, no comportamento de longo prazo e nas tendências globais de liquidez.
De acordo com Breedlove, o BTC pode estar à beira de uma grande alta, com indicadores-chave mostrando isso. Um deles é o custo médio de produção da mineração, que, segundo Breedlove, historicamente serviu como um indicador confiável de fundos de mercado.
Nesse sentido, Breedlove mostra que o custo médio de equilíbrio da mineração frequentemente coincidiu com os principais fundos de ciclo desde 2016. Esse custo indica se o BTC está negociado acima ou abaixo do seu valor de produção.
Esse fator frequentemente expulsou mineradores não lucrativos, reduzindo a oferta. Eventualmente, a recuperação do mercado marca o início dos ralis de alta pós-halving.
Outro sinal otimista vem dos detentores de Bitcoin de longo prazo. São investidores que se recusam a vender apesar da volatilidade e das quedas de curto prazo. Breedlove observou que, nos últimos 30 dias, esses detentores acumularam mais 150 mil BTC, criando a condição perfeita para um choque de oferta e uma eventual alta de preço.
Suportando ainda mais sua perspectiva otimista está um cenário macroeconômico que está se tornando bastante favorável para o BTC. A alta correlação da criptomoeda com o dólar e a liquidez global das moedas fiduciárias, um ponto frequentemente ressaltado pelo ex-CEO da BitMEX, Arthur Hayes, podem catalisar novos ciclos de alta.
Com os bancos centrais flexibilizando os controles e o aumento da liquidez global, o apresentador do “What is Money” espera que mais capital flua para ativos de risco, incluindo criptomoedas. Isso aconteceu em 2020 e 2021 e pode se repetir em 2025.
De acordo com Breedlove, a ascensão de ETFs, soluções de custódia institucional e produtos financeiros lastreados em BTC apenas amplificou esse efeito, facilitando o fluxo de dinheiro novo para as criptomoedas.
“O Bitcoin é altamente correlacionado à liquidez fiduciária – e isso está se tornando cada vez mais comum, à medida que ETFs, Sociedades de Tesouraria de Bitcoin e Títulos Conversíveis (TCBs) facilitam o acesso de nova liquidez ao mercado de Bitcoin”, disse Breedlove.