No finalzinho do “uptober”, o preço do Bitcoin (BTC) teve sua primeira grande correção após chegar nos US$ 70.000, mas não foi suficiente para apagar os ganhos do mês. De acordo com o CoinGecko, a criptomoeda fechou o mês com alta de 10,76% e se manteve acima dos US$ 70.000.
A forte pressão de venda ocorreu nas últimas 24 horas, levando o preço, que estava em cerca de US$ 72.000, a ter uma queda de 3%. Esse resultado mostra que os traders seguem buscando uma consolidação nesta nova área de preço.
Com os ganhos mensais, outubro se tornou o quarto mês mais rentável para o BTC em 2024 e teve o melhor desempenho desde maio. Por outro lado, o Ethereum (ETH) não teve o mesmo sucesso, já que seu preço fechou o o mês em queda de 3,4%, a primeira vez que o ETH registra queda em outubro desde 2018.
Nesta sexta-feira (01), o mercado de opções deve movimentar os preços do Bitcoin. O fechamento de cerca de 28.000 opções indica que ainda há uma forte batalha entre compradores e vendedores.
Analistas recomendam cautela com o Bitcoin
Durante as últimas 24 horas, o Bitcoin chegou a ter uma queda máxima de 4,11% e cair para mínimas de US$ 69.320. Essa forte volatilidade reforça os dados das opções de Bitcoin, que mostram uma luta dura entre compradores e vendedores.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
Esta correção se espalhou pela maioria das criptomoedas do Top 100, que abriram o dia em forte queda. As maiores perdas ficaram com a IMX, que caiu 13,4% e a WIF, cujo preço perdeu 9,1%.
De acordo com o popular analista IncomeSharks, mesmo que o gráfico diário traga uma perspectiva otimista, o BTC pode cair até US$ 66.000. Sua previsão mais otimista é uma queda até US$ 68.000 – em ambos os casos, o BTC encontraria um novo suporte antes de voltar a se valorizar.
Outro analista popular de criptomoedas, Benjamin Cowen, acredita que é muito cedo para comemorar a alta do BTC. Em vez disso, o trader prefere esperar:
“Os dados do mercado de trabalho saem amanhã (01). Deve ser o fator decisivo para a visão cíclica versus a visão da política monetária do BTC para o resto do quarto trimestre. Acho que deve ficar aparente no fechamento semanal, que é o resultado mais provável”, disse Cowen.
Opções de BTC sinalizam uma luta dura
A partir de sexta-feira, um total de 28.000 opções de Bitcoin vão expirar, o que dá um total de quase US$ 2 bilhões. De acordo com dados da Deribit, a relação put-call é de 0,92 e um ponto de dor máximo de US$ 69.000.
Uma relação put-call próxima a 1 mostra que compradores e vendedores estão envolvidos em uma luta dura e intensas negociações. Tudo isso aponta para um cabo de guerra que pode definir a direção futura do BTC.
À medida que a eleição dos Estados Unidos se aproxima, a volatilidade implícita do Bitcoin para opções at-the-money em 8 de novembro agora está em quase 70%. O preço também está oscilando perto de níveis recordes, fator que cria oportunidades de negociação robustas em todas as perspectivas de mercado.
Por outro lado, o mercado de opções de ETH tem 137.000 contratos prestes a expirar, com um valor nocional de US$ 350 milhões, uma relação put-call de 0,69 e um ponto de dor máximo de US$ 2.550. Neste caso, a disputa está menos acirrada, o que contribuiu para a queda nos preços.
Ganância no máximo
Para Fernando Pereira, analista da Bitget, outro indicador que merece atenção neste momento é o Crypto Fear & Greed Index, uma métrica que mede o sentimento do mercado de criptomoedas. De acordo com o analista, o índice atingiu uma máxima de 77 nesta semana, o que indica “ganância extrema” por parte do mercado.
“Após alguns meses voltamos a ver o indicador em tela atingir a zona azul de ganância extrema, mostrando a grande confiança que os investidores estão tendo atualmente no BTC. isso fomenta o mercado e ajuda a tracionar alta no ativo”, disse Pereira.
De fato, o índice está nos seus maiores níveis desde 6 de junho, o que indica a presença de grande força compradora. Na visão de Pereira, o Bitcoin se manter neste nível é crucial para sustentar a busca de novas máximas históricas, pois é a região na qual se vê a maior entrada de investidores.