Na madrugada desta terça-feira, 24 de outubro, ocorreu o fork do Bitcoin Gold no bloco 491,407. Todos aqueles que tem saldo em Bitcoin terão direito a obter o mesmo saldo na nova altcoin, assim como ocorreu em 1º de agosto no evento que gerou o Bitcoin Cash. No entanto, diferente do que ocorreu no fork anterior, neste, houve pouco apoio das empresas, exchanges e carteiras, por isso, se você quer obter os seus BTGs é bom acompanhar para não perder suas moedas. No Coinmarketcap o site de referência para preço e mercado de todas as altcoins, listou o Bitcoin Gold no dia 23 de outubro onde foi cotado acima dos US$500.
Fonte: coinmarketcap.com
No Brasil, como já mostramos aqui a posição das exchanges é diferente e algumas já anunciaram suporte, enquanto outras, publicamente, já declararam que não irão suportar a nova moeda. Nas exchanges estrangeiras também há diferentes posições.
A Bitfinex, anunciou em sua conta oficial no Twiter, somente no em 23 de outubro, que irá dar suporte a nova moeda, sem no entanto dar mais detalhes sobre o assunto. A exchange sediada nos EUA, Bittrex, também anunciou suporte ao Gold e fez um anuncio mais completo:
Se você tiver um saldo Bitcoin (BTC) na Bittrex durante o snapshot do BTG do 491,407 que ocorrerá aproximadamente em 24 de outubro, 3:00 da manhã (10:00 UTC), você também terá creditado a quantidade equivalente de Bitcoin Gold (BTG) na base de 1:1. ou seja, 1 BTC na Bittrex mantida durante o snapshot de troca valerá 1 BTG. BTCs realizados em pedidos também serão creditados. Somente o BTC de sua conta é elegível para BTG.
No entanto o anúncio da Bittrex fez questão de salientar boa parte das controvérsias levantas desde o anúncio do Fork e que não foram bem esclarecidos pela equipe do Bitcoin Gold: “O Bitcoin Gold atualmente não possui: Código de consenso totalmente formado; Proteção de repetição implementada; Código adequado para testes e auditoria; Desenvolvedores de código conhecidos publicamente; O código-base do Bitcoin Gold também contém uma premissa privada de 8.000 blocos (100.000 BTG). Esteja ciente de que, se um mercado abrir, existe a possibilidade de os desenvolvedores venderem o seu BTG pré-minerado no mercado aberto”.
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Já a Coinbase não irá dar suporte, agora, à nova altcoin. A exchange emitiu, em sua página oficial, um comunicado alegando que tomou essa decisão para garantir a segurança de seus clientes e que esta empenhada em outro fork, que deve ocorrer em novembro devido ao debate da implementação ou não do SegWit2x. Embora tenha dito que não irá creditar o saldo correspondente Bitcoin/Bitcoin Gold para seus clientes a Coinbase não descartou a hipótese de fazê-lo em uma data futura.
“…vamos continuar a acompanhar o desenvolvimento do Bitcoin Gold, e se a sua rede revela-se segura, nós da Coinbase podemos decidir apoiá-lo em uma data posterior. A Coinbase / GDAX não venderá ou manterá o Bitcoin Gold associado ao cliente Bitcoin por si só. Qualquer Bitcoin Gold permanecerá armazenado de forma segura na Coinbase. Se a Coinbase permitir o suporte para o Bitcoin Gold em uma data futura, os clientes poderão retirar o Bitcoin Gold associado aos seus saldos Coinbase / GDAX no momento do bifurcação Bitcoin Gold.”
Um dos anúncios mais interessantes porém veio da Minergate, uma pool e software de mineração já adicionou o Bitcoin Gold em sua lista de moedas para mineração, mas também não deu mais detalhes de quando a mineração estará disponível. Ao lado da Minergate, também declararam apoio as pools: Nibiru, MinerTopia, Mining Speed e Server Power.
Ainda não há wallet oficial para o Bitcoin Gold, no entanto, algumas carteiras já anunciaram suporte ao BTG como Freewallet, Guarda Wallet e Coinomi. A equipe do Bitcoin Gold lista, em sua página oficial empresas que irão dar suporte a moeda, como: HitBTC, YoBit.net, BitStar, BitBay, BitFlyer, Coinnest e Paribu. Agora se você quer receber seus BTGs imediatamente após o fork a melhor coisa a se fazer é ter posse da sua chave privada.
O Bitcoin Gold surge, segundo seus desenvolvedores, com a ideia de ‘devolver‘ o poder para os computadores de usuários comuns por meio da mudança completa no algoritmo de mineração que existe hoje no Bitcoin, saindo do SHA256, melhor minerado por computadores ASICs, como os da Antiminer, para o Equihash, que pode ser minerado em GPU, os famosos RIGs, com isso ‘democratizando‘ o processo de mineração.