A semana entre 12 e 19 de junho foi a pior do ano para o Bitcoin (BTC), conforme dados da plataforma Coinglass. Durante este período, a criptomoeda acumulou perdas de 22,85% e superou os 15,73% registrados no início de janeiro.
Esta também foi a segunda semana consecutiva que o BTC fechou em queda, após interromper uma sequência anterior de nove semanas de desvalorizações. Atualmente, um BTC vale cerca de US$ 20.700, de acordo com dados do CoinMarketCap.
BTC supera pior desempenho semanal de 2022. Fonte: CoinMarketCap.
Desde a semana passada, o preço do BTC saiu de US$ 27 mil e chegou a cair abaixo dos US$ 18 mil na mínima do período. Embora a criptomoeda tenha ensaiado uma recuperação no domingo (19), o preço ainda não dá sinais de recuperação.
Nesse contexto, a região dos US$ 20 transformou-se em um posto-chave. Para os vendedores, virou o principal suporte contra quedas, enquanto os compradores enxergam neste nível um indicador de resistência potencial.
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Sem sinais claros de alta
De maneira geral, os vendedores esperam uma queda de preço para cerca de US$ 16 mil. Já Felipe Escudero, do canal BitNada, espera que o BTC pelo menos consiga fechar a semana acima dos US$ 22 mil.
Para o trader conhecido pelo pseudônimo Capo, o cenário atual é uma repetição da resistência anterior do BTC entre US$ 31 mil e US$ 32 mil. Mas o trader concorda que o principal alvo para o BTC ainda é de queda e também projeta desvalorizações até US$ 16 mil.
Ao chegar em US$ 18 mil, o preço do BTC teve uma leve recuperação e voltou acima dos US$ 20 mil, mas o trader questiona este movimento. Capo reitera não haver nenhum sinal que sustente esta valorização e, portanto, nada que indique uma recuperação no mercado.
Na verdade, o trader explica que estes movimentos de alta servem para transformar antigos suportes em resistências. Ou seja, o BTC cai abaixo de níveis importante e até volta a subir, mas sem romper o suporte anterior.
“Isso aconteceu entre US$ 31 mil e US$ 32 mil, ambos os suportes foram quebrados e usados como resistência. O mesmo está acontecendo com US$ 20 mil e US$ 21mil”, explicou.
Peter Schiff, economista-chefe e estrategista global da Europac e um crítico ardente do BTC, disse que a volta do preço acima de US$ 20 mil foi “apenas mais uma armadilha para compradores”.
Bitcoin pode recuperar a média de 200 semanas?
Semana mais negativa de 2022 e, para completar, o preço do BTC caiu abaixo da máxima histórica do halving anterior pela primeira vez. Outra terceira “marca” afetou o mercado no final de semana, já que o preço do BTC ficou abaixo da média móvel de 200 semanas.
Isto aconteceu somente duas vezes na história da criptomoeda. A primeira vez que tal cenário deu certo foi em março de 2020, no famoso Coronacrash, quando o BTC perdeu 50% do seu valor em apenas um dia.
No entanto, a criptomoeda se recuperou e registrou mais de 2.000% de valorização entre março de 2020 e novembro de 2021. Outro trader, conhecido como Rekt Capital, disse que enquanto o BTC não ficar acima da média de 200 semanas novamente, o mercado não vai se recuperar.
Caso contrário, o BTC poderá formar uma faixa de acumulação abaixo da média móvel de 200 semanas para então voltar a subir. E isto, alertou Rekt, também seria um fato inédito na história da criptomoeda.
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