Por algumas horas, o preço do Bitcoin (BTC) ficou acima de US$ 38.000 e animou o mercado com a possibilidade de novas altas. No entanto, esse otimismo não durou muito tempo. Afinal, já na manhã desta quinta-feira (30), o Bitcoin abriu em queda de 1% e agora está cotado a US$ 37.720. No Brasil, o preço teve uma queda menor, de 0,3%, e vale R$ 185 mil.
Com isso, o mercado começa a invalidar o cenário descrito na quarta-feira (29), que previa um forte rali de alta se o BTC fechasse a semana acima de US$ 38.500. Até o fechamento desta matéria, a criptomoeda ainda acumula ganhos de 0,79% na semana e uma valorização de 8,77% em novembro.
A queda do BTC nas últimas 24 horas afetou a maioria das criptomoedas do Top 10. Com exceção da Dogecoin (DOGE), que valorizou 2,8%, todas as demais abriram o dia em queda. O Ethereum (ETH) caiu 0,9% e registrou o valor de US$ 2.032, enquanto a Cardano (ADA) caiu 2,4% e teve o pior desempenho.
Já no Top 100, os destaques negativos ficaram com a STX, que caiu 8,6%, e o token BLUR, que perdeu 7,2%, enquanto a TETHA se valorizou 9,3% e a INJ teve alta de 7,2%. Mas o valor de mercado total das criptomoedas caiu 1,3% e abriu o dia valendo US$ 1,48 trilhão, ou R$ 7,29 trilhões.
Por fim, o volume de negociação caiu 16% e movimentou US$ 46 bilhões nas últimas 24 horas. As dominâncias de BTC e ETH também caíram, chegando a 52% e 17,2%, respectivamente, o que totaliza 69,2% do mercado.
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IOTA dispara 40% e PIB dos EUA surpreende
Quem mais se destacou entre as valorizações do Top 100 foi a IOTA, que, de maneira surpreendente, disparou 40% nas últimas 24 horas. Já o seu volume de negócios chegou a aumentar impressionantes 9.699,74% e atingiu US$ 707,17 milhões, sugerindo um interesse crescente dos investidores.
Esse movimento aumentou depois do lançamento da DLT Foundation, que decidiu criar um ecossistema completo baseado na IOTA. O lançamento ocorreu durante um evento em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, e contribuiu para o aumento do interesse na IOTA.
No cenário macroeconômico, o PIB dos Estados Unidos registrou alta de 5,2% no terceiro trimestre de 2023, número acima dos 5% esperados pelo mercado. De acordo com Fernando Pereira, da Bitget, essa alta causou incertezas no mercado em relação a inflação do dólar e a possíveis novos aumentos da taxa de juros em 2024. E isso pode impactar diretamente o Bitcoin.
“Como resultado, boa parte das bolsas e moedas (incluindo as criptomoedas) acabaram o dia no “zero a zero”, sem subir ou cair. O payroll na semana que vem deve dar pistas mais concretas se acabaremos o ano com BTC acima de US$ 40.000 ou não. Por hora, o cenário mais provável é que não”, disse.
Liquidações despencam abaixo de US$ 100 milhões
A cautela dos investidores contribuiu para reduzir drasticamente as operações no mercado de derivativos. O volume total de liquidações do mercado, por exemplo, caiu quase 42%, atingindo US$ 62,2 milhões nas últimas 24 horas. Cerca de US$ 41,6 milhões desse total liquidaram posições de compra, com destaque para o BTC, que mais uma vez liderou as perdas entre os comprados.
Já a IOTA pegou totalmente de surpresa que apostava na queda do preço, e sua disparada fez as liquidações atingirem quase US$ 6 milhões. A criptomoeda liderou as quedas entre as liquidações de venda, que no total chegaram a US$ 20,5 milhões. No total, 36.778 traders foram liquidados, com a maior posição chegando a US$ 608 mil em uma posição de ETH na OKX.
