Em um momento de crescente incerteza econômica e geopolítica, a BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, destacou o Bitcoin (BTC) como uma ferramenta essencial para diversificação de portfólio.
De acordo com o mais recente relatório técnico da empresa, o Bitcoin é um “ativo diversificador único”. Apesar disso, a criptomoeda ainda está em estágios iniciais de adoção como meio de pagamento global ou reserva de valor.
O documento ressalta as características que tornam o BTC uma proteção contra riscos que os ativos tradicionais não conseguem cobrir. Em um cenário de inflação elevada, instabilidade política ou conflitos geopolíticos, o Bitcoin se destaca pela sua natureza descentralizada e pela escassez inerente.
O BTC possui uma oferta limitada a 21 milhões de unidades. E essa emissão se reduz a cada quatro anos em um evento conhecido como halving, o que influencia seu preço no médio e longo prazo.
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A escassez de Bitcoin é um dos principais fatores que atraem tanto investidores institucionais quanto pequenos investidores. Diferente das moedas fiduciárias, que são constantemente desvalorizadas pela inflação devido à emissão por bancos centrais, o BTC não pode ser criado de forma ilimitada, o que lhe confere uma posição única entre os ativos digitais.
Opinião da BlackRock sobre o Bitcoin
Larry Fink, CEO da BlackRock, também descreveu o Bitcoin como “ouro digital”. Conforme destacou o executivo, o ativo transcende fronteiras e é uma ferramenta internacional que vai além das moedas tradicionais. Tal como o ouro, o Bitcoin é limitado em sua emissão. Além disso, sua criação exige um processo energético intensivo conhecido como mineração.
Embora o BTC tenha semelhanças com o ouro, como sua escassez, ele oferece vantagens adicionais. As transações em Bitcoin são descentralizadas, rápidas e econômicas, sem a necessidade de intermediários. Além disso, todas as operações que ocorrem na rede do Bitcoin são registradas em um sistema público e acessível, garantindo transparência.
Por outro lado, o relatório da BlackRock aponta que o Bitcoin ainda apresenta um elevado nível de volatilidade, o que o torna um ativo de alto risco. Isso se deve, em parte, à sua adoção ainda incipiente, desafios regulatórios e um ecossistema em evolução. A volatilidade, no entanto, é considerada um risco exclusivo do BTC, o que o diferencia de outros ativos tradicionais.
Apesar dos riscos, a BlackRock argumenta que a criptomoeda pode ser uma adição valiosa a um portfólio diversificado. Quando mantido em proporções controladas, o Bitcoin tem o potencial de atuar como um hedge contra riscos que não são cobertos por outros ativos tradicionais.
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