De uma tacada só, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) deu um banho de água fria no mercado de criptomoedas. Isso porque, conforme noticiado pelo CriptoFácil, a SEC decidiu adiar sete pedidos de ETFs à vista (spot) de Bitcoin (BTC) em um só dia.
Com isso, a agência terá mais 45 dias para avaliar os pedidos e decidir se aprova ou não os pedidos. Ou seja, a decisão não deve chegar ao mercado antes de outubro desse ano. O adiamento fez o preço do BTC cair forte, perdendo mais de 6% de seu valor, o que praticamente devolveu todos os ganhos da semana.
De acordo com o CoinGecko, o Bitcoin opera na região entre 25.900 e US$ 26.000, com leve perda de 0,26% nos últimos sete dias. A título de comparação, o BTC registrava ganhos de quase 5% antes da decisão da SEC sobre os ETFs.
Por causa dessa desvalorização, os preços das demais criptomoedas também abriu em queda. De fato, o Bitcoin registrou a maior perda do Top 10 ao lado da Solana (SOL) – que caiu 4,5%. O Ether (ETH) caiu 4,2% e ficou cotado a US$ 1.646, ou R$ 8.150 na cotação atual. A BNB caiu 4,7%, a Dogecoin (DOGE) perdeu 4,4% e a XRP teve queda de 3,9%.
Já o valor de mercado total das criptomoedas despencou 3,4% e caiu para US$ 1,08 trilhão, ou R$ 5,39 trilhões, com um volume de negociação que chegou a US$ 37 bilhões (alta de 31%). A dominância do Bitcoin caiu para 46,5% e a do ETH para 18,1%, totalizando 64,6% do mercado.
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Bitcoin: queda maior à vista?
Com a queda desta sexta-feira (1), o preço do Bitcoin voltou a ficar próximo do suporte de US$ 25.000, considerado perigoso por muitos traders. Se o preço encerrar o período semanal abaixo desse patamar, o BTC pode experimentar novas desvalorizações nos próximos dias.
De acordo com dados de Greeks.live, 26.000 opções de BTC estão prestes a expirar com uma proporção de opção de venda de 0,50, um ponto máximo de dor de US$ 27.000 e um valor nocional de US$ 690 milhões. Esse movimento pode intensificar as correções.
As principais áreas de suporte começando com US$ 26.000 e US$ 25.000 provavelmente sentirão o aperto à medida que os investidores absorvem as perdas que seguem o sentimento renovado dos investidores para ganhos acima de US$ 30.000 no início desta semana.
Para Fernando Pereira, da Bitget, existe outro fator perigoso para o BTC: o payroll, relatório de empregos dos EUA que será liberado nesta sexta-feira. Se o payroll apontar para uma geração elevada de empregos em agosto, o BTC pode cair 16% frente aos preços atuais, atingindo os US$ 22.000.
“O Bitcoin devolveu toda a alta da semana antes dos dados de payroll, a serem divulgado hoje 09:30 da manhã. Dependendo do resultado (números acima de 170k) podem resultar em uma queda ainda mais agressiva, em direção aos US$ 22.000”, disse Pereira.
Futuros e liquidações
Os volumes de futuros voltaram a subir forte graças a desvalorização do Bitcoin e atingiram US$ 82 bilhões, alta de 52% nas últimas 24 horas. A Binance respondeu por US$ 16,1 bilhões e a Bybit ocupou o segundo lugar, com um volume total de US$ 3,44 bilhões.
Já as liquidações também dispararam, puxadas principalmente pelas perdas de quem apostou na continuidade da alta do BTC. Nesse sentido, o volume total disparou 195% e atingiu US$ 123,5 milhões, dos quais US$ 108 milhões atingiram posições compradas. BTC e ETH responderam, juntos, por aproximadamente US$ 72,6 milhões.
A Bybit recebeu a maior liquidação individual num par de BTC/USD, que causou perdas de US$ 3,12 milhões, enquanto outros 37.884 traders foram liquidados.