Enquanto os preços do Bitcoin parecem estar recuando no início deste mês de agosto, a regra não se aplica ao Irã, país muçulmano, que tem enfrentado, novamente, uma situação econômica complicada, que vê sua moeda fiduciária local, o Rial Iraniano, sofrendo constantes baixas, o que gera preocupação na população local, que por sua vez tem recorrido às criptomoedas com o intuito de “resguardar” o poder de compra de seu dinheiro.
Até esta última terça-feira, 31 de julho, um Bitcoin era negociado no Irã, através da plataforma LocalBitcoin, um dos únicos meios de adquirir Bitcoin no país, por pelo menos IRR864.029.199, o equivalente a quase US$20 mil. A volta do clima de desavença com os EUA, impulsionado pelas declarações e promessas de sanções coordenadas pelo presidente norte-americano Donald Trump, aliado às restrições de transações em moeda estrangeira impostas pelas autoridades, têm levantado rumores de que a economia do país entrará em colapso e, com isso, aumentou a demanda por Bitcoins, o que fez com que o preço da criptomoeda aumentasse.
O Ethereum, a segunda maior criptomoeda do mercado, de acordo com dados do CoinMarketCap, também estava sendo negociada muito acima dos preços internacionais na última terça-feira, por US$1.046 ou IRR46.266.800.
Segundo a agência de notícias CCN, uma iraniana, que pediu para não ser identificada, confirmou que está comprando alguns Bitcoins todo mês como medida de proteção contra as sanções dos EUA.
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“Comecei a comprar Bitcoin e até mesmo Ethereum, achando que o banco central iraniano não conseguiria resolver a situação econômica ruim. Eu li muitos relatórios sobre pessoas chinesas e venezuelanas fazendo o mesmo na época de sua crise econômica”, relatou.
Ela também confirmou que o preço do Rial caiu drasticamente em relação ao Bitcoin para compras no mercado negro, afirmando que lhe pediram o equivalente a US$20 mil para comprar um BTC pela mesma pessoa que estava vendendo por US$10 mil há apenas um mês.
Bitcoin e criptomoedas são proibidas no Irã. No entanto, o país anunciou planos de lançar sua própria criptomoeda, inspirada no modelo venezuelano, também para fugir do cerco norte-americano. Entretanto, o “El Petro” talvez nãos seja o melhor exemplo para o Irã seguir, a moeda anunciada pelo presidente da Venezuela Nicolás Maduro ainda não conseguiu qualquer apoio institucional e tampouco, apesar de suas constantes afirmações, é aceita como forma de pagamento em qualquer país e, mesmo nacionalmente, encontra sérias dificuldades de utilização, aceitação e viabilidade.
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