Numa reviravolta dinâmica, o preço do Bitcoin (BTC) enfrentou uma grande volatilidade nas últimas 24 horas. A começar pela terça-feira (13), quando o Federal Reserve (Fed) divulgou dados de inflação abaixo do esperado pelo mercado. Com isso, o preço da criptomoeda caiu forte e chegou a buscar os US$ 48.000 em um primeiro momento.
Só que logo nas primeiras horas da quarta-feira de cinzas (14), o Bitcoin reverteu a tendência de queda e, ainda por cima, disparou quase 3%. Esse movimento fez a criptomoeda subir acima da marca de US$ 51.000, renovando sua máxima do ano. Já no Brasil, a cotação do BTC também subiu 3%, o que levou o preço a atingir R$ 254 mil, de acordo com o CoinGecko.
Por outro lado, o Ethereum ultrapassou os US$ 2.700, mostrando uma resiliência não vista desde maio de 2022. A criptomoeda teve alta de 3,3% e, junto com a Cardano (ADA), ocupou o segundo lugar entre as valorizações do Top 10. O preço da BNB teve alta de 2,1% e a Solana (SOL) se valorizou 1,5%.
Inflação dos EUA causou perdas para Bitcoin
Notavelmente, o aumento em ambas as criptomoedas, especialmente em meio a condições de mercado incertas, geraram otimismo e também especulações no mercado. Mas o principal fator que catalisou os preços foi a divulgação dos índices de inflação nos EUA.
O Índice de Preços ao Consumidor dos EUA (CPI) trouxe dados decepcionantes. A inflação oficial acumulada até janeiro registrou 3,1%, uma queda em relação aos 3,4% de dezembro. No entanto, o resultado veio acima das estimativas do mercado, que projetava uma queda para 2,9%.
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Em outras palavras, a inflação dos EUA está caindo a um ritmo mais lento do que o esperado, levando a expectativas revisadas de um corte nas taxas do Fed. Antes previsto para junho, os analistas agora apostam que um curte nas taxas deve chegar apenas em julho. E essa revisão causou a queda inicial do preço dos ativos de risco, incluindo o BTC.
No entanto, os fluxos de recursos para os ETFs de Bitcoin quebraram mais um recorde na terça-feira, o que causou a virada do mercado em direção à alta.
Mais de US$ 200 milhões liquidados
Graças a essa forte volatilidade, as liquidações do mercado alcançaram a marca de US$ 222 milhões nas últimas 24 horas, segundo dados do site Coinglass. As posições vendidas (short) liquidaram US$ 131 milhões, dos quais o Bitcoin respondeu pela maior parte do volume (US$ 93 milhões).
Por outro lado, as liquidações de posições compradas (long) movimentaram US$ 91 milhões, tendo a SOL como líder desse mercado. A criptomoeda liquidou cerca de US$ 11 milhões em perdas e também ocupou o terceiro lugar entre as liquidações gerais. Já a maior liquidação individual ocorreu na OKX, onde um trader que operava Bitcoin perdeu US$ 10,2 milhões.
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