A forte desvalorização no preço do Bitcoin (BTC) vista na semana passada continuou ao longo do final de semana. Como resultado das fortes perdas, o BTC encerrou a semana com prejuízo de 10,57%, valendo US$ 25.944. No Brasil, a cotação caiu abaixo de R$ 130 mil – especificamente, R$ 128.344 até o fechamento desta matéria.
Essa queda percentual foi a maior registrada pelo Bitcoin em todo o ano de 2023, superando o recorde anterior de 8,83% registrado no final de abril. Além disso, as perdas mensais do BTC também cresceram, superando os 11% até o momento. Caso o mês se encaminhe dessa forma, agosto pode superar o mês de maio como o pior da criptomoeda em 2023.
Por causa da queda do Bitcoin, a maioria das criptomoedas do Top 10 também fechou a semana com perdas acima de 10%. O XRP liderou as desvalorizações atingindo 16% de queda, seguida pela Dogecoin (DOGE) que caiu 15%, e a Solana (SOL), com perdas de 12%. Nenhuma das criptomoedas do Top 10 registrou valorização nos últimos sete dias.
Já o valor de mercado das criptomoedas voltou a cair (0,6%) e ficou abaixo de US$ 1,1 trilhão, valendo US$ 1,09 trilhão (R$ 5,43 trilhões), enquanto o volume de negociação subiu 4,73% e chegou a US$ 24,6 bilhões (R$ 122,5 bilhões). A dominância do BTC caiu para 46,2% e a do ETH permaneceu em 18,3%, totalizando 64,5% do mercado.
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Bitcoin ‘contagia’ e memecoins lideram quedas
O contágio da queda do Bitcoin se estendeu para o mercado como um todo, fazendo com que praticamente todas as criptomoedas do Top 100 registrassem perdas. De fato, somente a KAS, com alta de 2,6%, registrou uma alta relevante. Todas as demais criptomoedas que se valorizaram são stablecoins, e nenhuma subiu mais do que 1,5% nos últimos sete dias.
Por outro lado, as desvalorizações foram muito maiores tanto em quantidade quanto em registro de perdas. Duas memecoins se destacaram nesse sentido: a primeira foi a Shiba Inu (SHIB), que sofreu devido a problemas com o lançamento na rede Shibarium. Seu preço registrou queda de 22,3% nos últimos sete dias.
Já a outra criptomoeda foi a Pepecoin (PEPE), que também sofreu grandes perdas e encerrou a semana valendo 25,7% a menos. A PEPE registrou a maior queda do Top 100, seguida de perto pela ApeCoin (APE), cujo preço caiu 22,7%.
Futuros e liquidações
Apesar da forte queda do Bitcoin durante a semana, as movimentações foram bastante moderadas nas últimas 24 horas, o que fez os volumes de futuros e liquidações registrarem pouca oscilação. De acordo com o Coinglass, o volume de futuros registrou alta moderada de 8,72%, chegando a US$ 39,8 bilhões. A Binance registrou US$ 6 bilhões e a Bitget veio em seguida com US$ 2,38 bilhões.
Já as liquidações subiram 1,05% e tiveram um volume praticamente estável, que chegou a US$ 34,4 milhões, dos quais US$ 22,8 milhões vieram de posições compradas. O Bitcoin liderou o volume nas posições compradas, ao passo que o Ether (ETH) registrou a maior movimentação entre os vendidos.
A maior liquidação varreu uma posição de US$ 418 mil em um contrato de ETH negociado na OKX, mas outros 17.813 traders foram liquidados nas últimas 24 horas.