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Alta longe do fim

Bitcoin: baixa realização de lucros sugere alta prolongada

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O Bitcoin surpreendeu o mercado nesta semana ao superar a barreira dos US$ 126.000, estabelecendo um novo marco histórico. No entanto, por trás desse movimento de preço explosivo, um relatório recente da empresa de análise on-chain CryptoQuant aponta um comportamento ainda mais significativo: a realização de lucros pelos investidores permanece excepcionalmente baixa.

Este fenômeno, segundo os analistas, é um forte indício de que a trajetória de alta da criptomoeda pode estar longe do fim.

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De acordo com o relatório divulgado na quarta-feira (8), os lucros líquidos realizados pelos detentores de Bitcoin nos últimos 30 dias totalizaram 0,26 milhão de BTC (aproximadamente US$ 30 bilhões). Este valor é cerca de 50% menor do que o observado em julho e está bem abaixo dos picos de US$ 78 bilhões e US$ 99 bilhões registrados em março e dezembro de 2024, respectivamente.

Essa contenção na realizada de lucros sugere que os participantes do mercado estão adotando uma estratégia de “hold” (manutenção) em vez de sacar seus ganhos. Um padrão que, historicamente, está associado a fases prolongadas de valorização. A CryptoQuant foi direta ao afirmar que “o Bitcoin pode continuar a subir, e que um topo ainda não está no horizonte”.

Alta prolongada para o Bitcoin

Julio Moreno, chefe de pesquisa da CryptoQuant, explicou a dinâmica por trás da métrica.

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“Enquanto houver um momentum positivo nos lucros realizados (detentores realizando lucros em níveis mais altos), isso indica que os preços podem tender a subir. No passado, os mercadas em alta terminaram quando os detentores venderam com lucros realizados menores”, comentou ao The Block.

O relatório detalha ainda o comportamento de diferentes grupos de investidores. Detentores de curto prazo realizaram ganhos com margens de apenas 2%, valor bem inferior aos 8% normalmente vinculados a topos de mercado.

Paralelamente, às margens dos detentores de longo prazo ficaram próximas de 129%, distantes dos picos extremos de 300% observados em ciclos anteriores. Outro dado relevante vem dos detentores “veteranos” – endereços que mantêm Bitcoin há mais de uma década – que movimentaram apenas 5.000 BTC nos últimos 30 dias, metade da quantidade vendida durante os picos de 2024.

A combinação de baixa realização de lucros e atividade reduzida dos grandes detentores de longo prazo pinta um cenário otimista. A própria CryptoQuant projetou recentemente que a alta do Bitcoin pode se estender pelo quarto trimestre. O alvo potencial está na faixa de US$ 160.000 a US$ 200.000, desde que a demanda se mantenha forte.

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Este otimismo é ecoado por outras instituições. Analistas do JP Morgan, por exemplo, argumentam que o Bitcoin está “significativamente subvalorizado” em comparação com o ouro. O que implicaria uma valorização em direção a US$ 165.000, impulsionada em grande parte pela entrada de investidores de varejo por meio dos ETFs.

Com o Bitcoin sendo negociado atualmente em torno de US$ 123 mil, o sentimento geral é de que, enquanto os investidores continuarem segurando firmemente suas moedas, a base para uma subida sustentada permanece sólida. O mercado agora observa atentamente se a demanda institucional e de varejo conseguirá sustentar esse momentum e validar as projeções mais otimistas para o final de 2025.

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