Na quarta-feira (13), os dados de inflação vieram em linha com o esperado nos Estados Unidos, o que contribuiu para a valorização dos ativos de risco. Nesse sentido, o preço do Bitcoin (BTC) registrou ganhos de 0,8% nas últimas 24 horas, elevando seu preço para a região de US$ 26.300.
Por um lado, essa valorização afasta a criptomoeda do suporte de US$ 25.000 e, ao menos por enquanto, previne novas desvalorizações. Tanto que a alta do BTC teve impactos em todo o Top 10, que abriu 100% no positivo. Em contrapartida, esse movimento de alta ainda é modesto e mantém a criptomoedas numa região lateralizada e com pouca força compradora.
O Ether (ETH), por exemplo, abriu em alta de 1,4% e cotado a US$ 1.625. No Brasil, BTC e ETH abriram o dia valendo R$ 129.622 e R$ 7.986, respectivamente. A Solana (SOL) subiu 4,2% e registrou a maior alta do Top 10, mesmo depois que a exchange FTX recebeu autorização para vender suas criptomoedas.
Conforme noticiou o CriptoFácil, a FTX possui mais de US$ 3,6 bilhões em ativos, incluindo suas maiores participações em SOL, ETH e BTC. O temor do mercado é que essas vendas possam desencadear novas quedas num momento em que não há força compradora, mas os investidores ignoraram esse risco por enquanto.
Por fim, o valor de mercado das criptomoedas subiu 1% e voltou para a região de US$ 1,08 trilhão (R$ 5,34 trilhões), com um volume de negociação de US$ 16,5 bilhões – queda de 44% nas últimas 24 horas. A dominância do BTC ficou em 47,2% e a do ETH subiu para 18%, totalizando 65,2% do mercado.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
- Leia também: Bitcoin sofre com ‘crise de liquidez’, diz Glassnode
Bitcoin vence dados de inflação
Todos os olhares se voltaram para os EUA na quarta-feira. A economia mais forte do mundo apresentou os números dos preços ao consumidor, ou CPI, que é o principal dado de inflação do país. Os dados, na verdade, vieram ligeiramente superiores às expectativas gerais, sobretudo na comparação mensal.
No entanto, o CPI acumulado nos últimos 12 meses veio em linha com o esperado, o que serviu para animar os investidores de ativos de risco. Foi assim que o Bitcoin conseguiu registrar uma forte alta mesmo com o leve aumento do CPI mensal.
Em ocasiões anteriores, isso levou a uma maior volatilidade para a criptomoeda, mas não foi o caso dessa vez. O Bitcoin permaneceu relativamente estável acima dos US$ 26.000. Ao longo do dia, seu preço se valorizou e registrou um ganho de aproximadamente US$ 200.
Futuros e liquidações
A alta do Bitcoin e do mercado como um todo causou perdas nos volumes de futuros e liquidações, como mostram os dados do Coinglass. No mercado de futuros, o volume total registrou queda de 19% e abriu o dia em US$ 53 bilhões, com a Binance movimentando US$ 10,44 bilhões neste mercado.
Já as liquidações caíram ainda mais forte e chegaram a perdas superiores a 49%, o que fez o volume cair para US$ 40,3 milhões. Desse valor, US$ 29,3 milhões liquidaram posições compradas, com destaque para o BTC e o ETH que liquidaram mais de US$ 20 milhões.
A maior liquidação individual atingiu novamente a BitMEX, onde uma operação com Bitcoin movimentou US$ 528 mil. Outros 16.593 traders foram liquidados nas últimas 24 horas.