Conforme noticiou o CriptoFácil, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) abriu um processo contra a Binance na segunda-feira (5). E logo em seguida, os usuários começaram uma grande onda de saques de criptomoedas.
De acordo com a Dune Analytics, a Binance testemunhou um fluxo líquido negativo de US$ 623 milhões em 5 de junho. Ou seja, o equivalente a R$ 3,1 bilhões com base na cotação atual. O fluxo de saques foi o maior desde a crise bancária do início do ano.
No entanto, esses números permanecem dentro dos níveis históricos normais. De fato, o nível atual de saques está até mais baixo. A Binance testemunhou até US$ 1 bilhão em fluxos líquidos negativos no mesmo período em meio a vários outros rumores de corridas bancárias.
Outro fator importante é que apesar do alto ritmo de saques, a Binance não anunciou nenhuma paralisação. Até o fechamento desta matéria, a exchange segue processando retiradas no prazo normal.
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Além disso, a empresa de análise de blockchain Nansen informou que o fluxo de Ether (ETH) para a Binance se tornou positivo na manhã desta terça-feira (6). Os dados mostram que a exchange recebeu US$ 75 milhões em poucas horas.
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BNB cai 8% desde processo da SEC
No momento da redação deste artigo, o token nativo da Binance (BNB) está sendo negociado a US$ 277, queda de quase 8% nas últimas 24 horas, de acordo com o CoinGecko. O Bitcoin (BTC) e o ETH também caíram quase 4% e 3%, respectivamente.
Segundo dados da exchange, as carteiras de reserva da Binance detêm US$ 55 bilhões em criptomoedas. O valor diz respeito ao total que a exchange possui para lidar com emergências, como uma onda de saques.
A maior exchanges do mundo está sob forte escrutínio dos reguladores dos EUA. Junto com este processo da SEC, a Binance também enfrenta processos do Departamento de Justiça e até da receita federal dos EUA (IRS).
No processo da SEC, a Binance enfrenta 13 acusações junto com seu fundador Changpeng “CZ” Zhao. As principais delas envolvem o não cumprimento de normas de proteção ao cliente, burlar os controles da SEC e vender títulos de investimento sem autorização.
Binance.US sob escrutínio
Além da Binance original, a SEC também está de olho na divisão estadunidense da companhia, a Binance.US. Dessa vez a autarquia afirma que um executivo sênior da Binance operava cinco contas bancárias que pertenciam à afiliada independente da Binance nos EUA.
Uma das contas bancárias continha até fundos de clientes americanos, de acordo com registros bancários revelados pela Reuters. Com isso, a Binance também teria infringido a regra que proíbe oferecer investimentos a cidadãos dos EUA sem ter registro.
Um dia após o relatório da Reuters, a SEC entrou com uma ação contra as entidades da exchange de criptomoedas pelas mesmas acusações. A investigação descobriu que o agora extinto banco Silvergate permitiu que Guangying Chen, um associado próximo de CZ, controlasse as contas entre 2019 e 2020, de acordo com registros daqueles anos.